Dezenas de portugueses estão bloqueados e as manifestações violentas não dão sinais de abrandar
Centenas de turistas, de várias nacionalidades, estão bloqueados na cidade peruana de Aguas Calientes, aos pés da montanha onde se encontram as ruínas de Machu Picchu, por causa da vaga de protestos que continua no país.
O serviço ferroviário entre Cusco e Machu Picchu está suspenso desde terça-feira, deixando muitas pessoas à beira de um ataque de nervos. Não conseguem regressar a Cusco e temem perder os voos de regresso aos respetivos países.
O local começou, entretanto, a ser evacuado e algumas pessoas já conseguiram sair.
Uma parte dos mais de 60 portugueses que se encontram retidos, por causa da crise social e política no país, estavam prontos para embarcar mas ainda não era certo que o avião descolasse de Lima.
As manifestações violentas contra a destituição do ex-presidente, Pedro Castillo, prosseguem. Os protestos já provocaram a morte de pelo menos 18 pessoas e fizeram centenas de feridos.
É pouco provável que a crise política abrande até porque Dina Boluarte, a atual presidente, exclui qualquer hipótese de se demitir.
Numa mensagem à nação, este sábado, apelou, antes, ao Congresso a aprovar eleições antecipadas.
O cenário tinha sido rejeitado na sexta-feira pelos deputados, prolongando o clima de instabilidade.