Governo de Lula será mais paritário mas mulheres continuam em minoria

Lula da Silva apresenta mais 16 ministros do futuro governo brasileiro
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Nísia Trindade será primeira mulher a chefiar o ministério da saúde.

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O presidente eleito Lula da Silva apresentou mais dezasseis novos ministros do futuro governo brasileiro. 

O executivo que toma posse a 1 de janeiro de 2023 será mais paritário do que o governo liderado por Jair Bolsonaro, mas, as mulheres continuam em minoria.

O futuro governo contará também com ministros negros e de origem índigena.

Lula da Silva escolheu Wellington Dias para liderar o ministério do desenvolvimento social. O antigo senador de origem indigena é um dos grandes defensores dos direitos dos povos nativos.

A pasta da Igualdade Racial foi atribuída a Anielle Franco, irmã Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018, que se tornou num símbolo da luta contra o racismo e a violência policial.

Falta ainda definir a pasta de Simone Tebet, a senadora que ficou em terceiro lugar nas presidenciais e que apoiou Lula na segunda volta.

Nísia Trindade será primeira mulher a chefiar o ministério da saúde. Um dos desafios que a antiga presidente da Fundação Fiocruz tem pela frente é travar a trajetória da Covid-19 que terá matado, até agora, 650 mil pessoas no Brasil.

Lula exorta povo brasileiro a derrotar “bolsonarismo”

Na mesma ocasião, Lula da Silva exortou o povo brasileiro a derrotar o “bolsonarismo” que prevalece nas ruas mesmo após a derrota de Bolsonaro nas urnas.

“O que nós temos que ter consciência é que nós derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas desse país, raivosa e sem querer reconhecer a derrota que tiveram. Por tanto, além de governar com eficiência, com competência, nos teremos que derrotar o bolsonarismo nas ruas desse país.", afirmou Lula da Silva, esta quinta-feira, durante a cerimónia de apresentação de 16 futuros ministros.

O vice-presidente eleito e futuro ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, denunciou o retrocesso do país nas áreas da educação, da saúde, das infraestruturas e do ambiente.

"Infelizmente nós vimos que houve um desmonte do Estado brasileiro, mais de 14.000 obras paradas, isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão.", disse Geraldo Alckmin.

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