Reator nuclear revolucionário ITER sofre atraso devido à falta de peças

A máquina Tokamak do ITER registada em setembro de 2021
A máquina Tokamak do ITER registada em setembro de 2021 Direitos de autor AP Photo/Daniel Cole/Arquio
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O projeto ITER, no sul de França, tinha o primeiro ensaio previsto para 2025. Agora, até o investimento de mais de 20 mil milhões de euros deve derrapar

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A construção no sul de França de um novo reator experimental internacional de fusão nuclear poderá vir a sofrer um atraso e uma derrapagem no orçamento devido à falta de várias peças essenciais.

O projeto está em desenvolvimento há cerca de 20 anos e começou a ganhar forma em 2010. Teve os primeiros ensaios previstos para 2020 e sofreu um primeiro atraso para 2025, mas agora a falta de peças revelada por um dos sete países parceiros neste projeto poderá implicar um novo adiamento.

"Tivemos dois problemas. O primeiro foi a não conformidade das dimensões (da câmara de vazio) e o segundo, um problema de fabrico dos ecrãs", referiu o novo diretor-geral do projeto, o italiano Pietro Barabaschi.

O ensaio do primeiro plasma produzido pelo ITER, como é conhecido este futuro reator, poderá acontecer agora apenas depois de 2030.

O diretor-geral do ITER admite que "este não será um processo para durar semanas. "Pode vir a demorar meses ou até alguns anos e será preciso rever os planos para minimizar o agravamento dos custos", referiu Pietro Barabaschi.

O reator ITER reúne sete parceiros (China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Índia, Japão, Rússia e União Europeia) e já tinha um orçamento previsto entre os 20 e os 40 mil milhões de euros.

O objetivo ambicioso é imitar a produção de energia de estrelas como o Sol, sem emissões poluentes, detritos radioativos nem risco de acidentes nucleares, mas para os ambientalistas já seria uma inovação tardia perante a urgência do planeta e agora, ao que parece, ainda o será mais.

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