Polícia de Brasília sob fogo cerrado

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Polícia de Brasília sob fogo cerrado Direitos de autor TON MOLINA/AFP or licensors
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De  Bruno Sousa
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Atuação policial duranta e invasão das sedes dos três poderes foi alvo de várias críticas, Lula da Silva fala de "incompetência, má vontade e má-fé"

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A Polícia Civil do Distrito Federal está sob fogo cerrado na sequência da invasão das sedes dos três poderes, este domingo em Brasília. O ataque de milhares de apoiantes de Jair Bolsonaro às instituições da democracia deixou a capital brasileira a ferro e fogo e já provocou a suspensão do governador do distrito federal.

Ibaneis Rocha foi afastado do cargo durante 90 dias pelo Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que acusou o líder estadual de ser conivente com estes "desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às instituições republicanas".

Entre as falhas apontadas pela justiça está a tentativa para exonerar o responsável máximo pela segurança durante a invasão. Anderson Torres é um bolsonarista confesso que se encontra de férias na Florida mas que já negou ter ido com intenção de se encontrar com Jair Bolsonaro. O antigo presidente brasileiro está há mais de uma semana na cidade de Orlando, distante do braço da lei brasileira.

Lula da Silva já criticou a "incompetência, má vontade e má-fé" das forças policiais mas o principal alvo do presidente brasileiro foi mesmo o seu antecessor no cargo:

"Todo o mundo sabe que tem vários discursos do ex-presidente da República estimulando isso. Só não estimulou a invasão no Palácio porque estava lá dentro. Estimulou a invasão nos três poderes sempre que pode, isto também é responsabilidade dele."
Lula da Silva
Presidente do Brasil

Uma acusação prontamente desmentida pelo ex-presidente, que condenou as acusações sem provas do atual chefe de Estado. Jair Bolsonaro, que abandonou o cargo de Presidente a dois dias do fim do mandato, disse que as manifestações pacíficas faziam parte da democracia mas que esta fugia à regra.

A condenação da comunidade internacional foi unânime. Charles Michel falou de um assalto à democracia, António Guterres salientou que a vontade do povo brasileiro devia ser respeitada, Joe Biden manifestou um apoio total à democracia brasileira e Andrés Obrador condenou a tentativa golpista dos fanáticos do poder oligárquico.

De acordo com a polícia civil do distrito federal, foram detidas três centenas de pessoas e as investigações vão continuar até o último participante ser identificado.

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