Calma em Lützerath após jornada de confrontos na vila alemã

O protesto degenerou em confrontos com a polícia e contou com o apoio da ativista climática Greta Thunberg
O protesto degenerou em confrontos com a polícia e contou com o apoio da ativista climática Greta Thunberg Direitos de autor Federico Gambarini/dpa
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Milhares de pessoas protestaram contra a expansão de uma mina de carvão a céu aberto na área da Alemanha Ocidental e os planos para demolir a vila

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A calma voltou - para já pelo menos - à vila de Lützerath, localizada entre Düsseldorf e Colónia, no rescaldo de uma jornada intensa marcada por confrontos entre a polícia e manifestantes no terreno.

Este sábado, milhares de pessoas protestaram contra a expansão de uma mina de carvão a céu aberto na área da Alemanha Ocidental.

A mina de Garzweiler é detida pela empresa de gás natural RWE, que chegou a um acordo com o estado alemão.

Lützerathdeve desaparecer para permitir a extensão da mina de lignite (carvão fóssil) da RWE.

Os ativistas dizem que o desenvolvimento da mina se vai traduzir em grandes quantidades de emissões de gases com efeito de estufa.

Durante a ação de protesto deste sábado contaram com um reforço de peso: a ativista Greta Thunberg.

"Continuamos a destruir os nossos habitats naturais e continuamos a discriminar e a oprimir as pessoas. É vergonhoso que o governo alemão esteja a fazer acordos e compromissos com empresas de combustíveis fósseis, como a RWE", sublinhou a ativista climática.

Rica em carvão, a vila de Lützerath, já desocupada, está prestes a ser demolida.

Os ambientalistas falam num pacto com o diabo. Já o governo alega que a extensão da mina é necessária em nome da segurança energética da Alemanha, à procura de alternativas para compensar a interrupção no abastecimento de gás da Rússia.

A operação de evacuação da vila é politicamente delicada para a coligação liderada pelo chanceler alemão Olaf Scholz, com o apoio dos "Verdes" e dos liberais.

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