Prisioneiros russos na Ucrânia sonham com regresso a casa

Esta prisão, algures no oeste da Ucrânia, é uma das que acolhem prisioneiros de guerra russos. São cada vez mais e só sonham com voltar para casa, em programas de troca de prisioneiros.
Alguns, como Nikolai, arrependem-se de terem ido parar à guerra: "Na televisão, a propaganda dizia-nos que o governo ucraniano tinha sido tomado pelos nazis, mas percebi que isso não é verdade", conta.
Nem todos pensam assim: Para alguns, não há qualquer arrependimento do tempo passado a combater na Ucrânia: "Sou um oficial russo. Sempre servi no exército. Por isso, não posso arrepender-me de nada", diz um prisioneiro que não quis dar o nome.
65 mil crimes de guerra
No campo de batalha, a guerra prossegue. A Rússia diz que os ataques com mísseis na quinta-feira afetaram o transporte de armas e munições da NATO.
A Ucrânia diz ter abatido dezenas de mísseis russos, mas confessa-se impotente perante os mísseis hipersónicos Kinzhal e pediu mísseis Patriot aos aliados ocidentais.
Em Estocolmo, o comissário europeu da Justiça, Didier Reynders, apresentou as mais recentes conclusões e disse que há provas de cerca de 65 mil alegados crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia, o maior número alguma vez recolhido.