Noroeste da Síria aguarda por ajuda humanitária

A falta de maquinaria pesada e de operacionais bem equipados está a atrasar as operações de salvamento na Síria.
Apesar do desvanecimento das probabilidades, os Capacetes Brancos na província de Idlib continuam a salvar famílias dos escombros.
Os danos nas infraestruturas depois anos de guerra civil também complicam o auxílio após os terramotos devastadores de segunda-feira.
Muitos edifícios residenciais foram destruídos, deixando milhares de desalojados. As temperaturas baixas estão a exacerbar os esforços de resgate, enquanto muitos dos desalojados são forçados a procurar abrigo nas ruas.
"Para garantir que não morremos, para onde mais as pessoas podem ir? Não têm opções, não têm casas, não têm tendas. Para onde podem ir? Só podem descansar aqui até que a situação melhore", explica um sobrevivente sírio. Ao lado, no terreno agricola com oliveiras, famílias estendem cobertores e improvisam abrigos.
A situação é ainda mais crítica no noroeste do país.
As zonas controladas pelos rebeldes, perto da fronteira com a Turquia, não podem receber ajuda vinda da parte da Síria controlada pelo Governo, sem autorização de Damasco
A ONU pediu às autoridades que colocassem a política de lado, para garantir que as equipas de salvamento podiam trabalhar.
Mais de 1.500 pessoas morreram só na província de Idlib, enquanto o governo de Bashar al-Assad culpa as sanções europeias e americanas pela falta de ajuda.