Hoje é o "Dia Internacional do Preservativo"

O Parlamento Europeu sublinha a importância do acesso à contraceção mas, nesta área, há realidades muito distintas nos vários estados-membros. O acesso aos vários métodos, o aconselhamento de peritos e a informação disponível na Internet variam muito entre os “27”.
No "Dia Internacional do Preservativo”, a Euronews falou com Neil Datta, Diretor Executivo do Fórum Parlamentar Europeu para os Direitos Sexuais e Reprodutivos.
Sobre a diferença entre as políticas em vigor nesta matéria, Neil Datta destacou que nos países da Europa Oriental, até ao início dos anos 90, a contraceção não era muito conhecida e acessível. Segundo o especialista, “ainda hoje lidamos com esse legado”.
Alguns estados-membros da União Europeia, como a França, a Bélgica e a Irlanda, fornecem preservativos gratuitos, numa tentativa de travar as gravidezes indesejadas e a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.
Neil Datta Diretor lembra que em alguns países o peso da religião é muito importante e que “a maioria das religiões, especificamente as religiões cristãs, desencorajam o uso da contraceção, particularmente no mundo do catolicismo".
A educação pode ser a chave para acabar com a lacuna entre a política e a prática.
“Uma educação sexual abrangente forma os jovens em relação à contraceção e ao respeito e consentimento dentro das relações, incluindo as relações sexuais. Isto tem um efeito de repercussão muito positivo sobre as pessoas que compreendem como evitar gravidezes indesejadas e como proteger a sua própria saúde”, explica Neil Datta.