Ucrânia quer caças e mísseis, NATO tem outras prioridades

Jens Stoltenberg diz que a prioridade é a entrega de equipamentos de defesa antiaérea.
Jens Stoltenberg diz que a prioridade é a entrega de equipamentos de defesa antiaérea. Direitos de autor Olivier Matthys/AP
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De  Ricardo Figueira
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Que armas fornecer à Ucrânia e quando: Estados-membros discutem isso na reunião de Bruxelas, enquanto enfrentam uma escassez de munições.

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A NATO quer acelerar a entrega de armas à Ucrânia antes da anunciada ofensiva russa. Por isso, os Estados-membros da Aliança Atlântica reúnem-se esta terça-feira em Bruxelas.

Kiev quer mísseis de longo alcance e aviões de combate, como disse o ministro da Defesa ucraniano, Olexii Reznikov, à chegada à reunião. 

Mas a NATO tem outras prioridades, como explicou o secretário-geral Jens Stoltenberg: "A nossa prioridade de topo é assegurar a entrega de artilharia pesada e sistemas modernos de defesa antiaérea e respetivas munições. Tudo aquilo de que a Ucrânia precisa para ter equipamentos modernos foi já prometido. Essas são coisas que podem fazer a diferença no campo de batalha".

Os equipamentos modernos podem fazer a diferença no campo de batalha (na Ucrânia).
Jens Stoltenberg
Secretário-geral da NATO

A reunião é presidida pelos Estados Unidos e conta com 50 países. Se a vontade de ajudar a Ucrânia é comum, a disponibilidade para fornecer equipamento não é igual, já que vários países temem um envolvimento no conflito. Os norte-americanos já disseram que não podem fornecer caças e a Alemanha frisou a prioridade da defesa antiaérea, em sintonia com Stoltenberg.

A NATO enfrenta agora outro problema: Segundo Stoltenberg, a Ucrânia está a gastar armas e munições a um ritmo mais elevado do que pode produzir, o que está a colocar pressão na indústria de defesa dos países-membros e aliados.

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