Netanyahu contestado em Israel pela sétima semana consecutiva

Dezenas de milhares de israelitas voltaram a contestar este sábado a reforma judicial que o governo de Benjamin Netanyahu se prepara para implementar no país. É assim há sete semanas consecutivas. Mas, apesar dos protestos dos últimos dois meses, o parlamento vai mesmo votar esta segunda-feira o projeto de lei que visa tirar poder aos tribunais.
Nas ruas, as medidas que se avizinham são encaradas por muitos como um atentado à democracia.
Nati Ron, advogado, diz que a luta é para continuar. "Não temos escolha, não podemos desistir. Este é o nosso país, lutei nas guerras, perdi amigos nas guerras. Eles não morreram por isto, não morreram por um Estado ditatorial. Devo-lhes isto. É o mínimo que posso fazer".
"Sinto esperança mas, ao mesmo tempo, há tanta gente aqui e o governo não ouve as nossas vozes", confessa Amit Melamed, estudante de Direito, também a participar no protesto.
Os defensores da reforma alegam que o sistema judicial israelita é demasiado politizado e que as novas medidas pretendem apenas tirar o poder excessivo aos juízes.
Mas a oposição contesta que, com esta lei em vigor, Netanyahu vai anular uma possível condenação nos vários casos de corrupção em que está a ser julgado.