Instituição reguladora da banca na zona euro não antecipou novas subidas e prevê em alta o crescimento deste ano
Banco Central Europeu manteve a decisão e anunciou uma nova subida de 0,5% (50 pontos-base) nas taxas de juro de referência, apesar da atual turbulência bancária iniciada nos EUA com o Silicon Valley Bank.
A instituição que regula a banca na zona euro decidiu manter o combate à inflação e, por isso, subiu para os 3,5% a taxa diretora principal e para os 3% a taxa de remuneração dos depósitos dos bancos comerciais no Eurosistema.
Christine Lagarde, a presidente do BCE, disse que se estão a ver "melhorais em algumas áreas da inflação", mas que "não são muitas."
Acrescentou que os dados da inflação “ainda não estão a dirigir-se numa direção que confirme” que o ritmo de subida dos preços está a desacelerar para níveis ajustados ao objetivo de 2%.
Os próximos tempos adivinham-se, por isso, difíceis, para famílias e empresas.
Lagarde também insistiu que a banca da zona euro é forte e que quando for necessário o BCE ajudará o setor.
"Estamos a monitorizar de perto as atuais tensões do mercado e estamos prontos para responder como for necessário para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na zona euro. O setor bancário da zona euro é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez, equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro da zona euro, se necessário, e para preservar a transmissão harmoniosa da política monetária", ressalvou a presidente do BCE.