Kamala com Biden nas Presidenciais de 2024 contra a idade e os "extremistas" de Trump

Kamala Harris volta a acompanhar Biden na recandidatura às presidenciais de 2024
Kamala Harris volta a acompanhar Biden na recandidatura às presidenciais de 2024 Direitos de autor AP Photo/Jacquelyn Martin, Pool
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De  Francisco Marques
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Vice-presidente mantém-se na recandidatura à Casa Branca. Dois democratas e três republicanos com Joe Biden na corrida às presidenciais de 2024 nos EUA

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Joe Biden vai manter a dupla com a vice-presidente Kamala Harris na anunciada corrida presidencial de 2024, na qual se perspetiva um novo duelo nas urnas com o antecessor republicano Donald Trump.

Contrariar o argumento da idade avançada e combater os “extremistas MAGA”, a sigla de Trump para MAke America Great Again" ("Fazer a América Grande Outra Vez"), são os obstáculos a que Joe Biden, hoje com 80 anos, se propõe.

Quando as urnas abrirem a 5 de novembro de 2024, o atual presidente terá quase 82 anos (celebra-os 15 dias depois) e há quem questione a capacidade de cumprir mais um segundo mandato presidencial em idade tão avançada.

Uma recente sondagem da NBC News, estimava que 70% dos americanos e 51% dos democratas defendiam que Biden se devia afastar após este primeiro mandato e metade deles justificavam-no com a idade do já mais velho Presidente da história dos EUA, que, a cumprir um segundo mandato, o irá terminar com 86.

Joe Biden não se mostra preocupado nem cansado. "É tempo de acabar o trabalho", gritou e repetiu no discurso de confirmação de recandidatura, anunciado primeiro num vídeo de propaganda onde também surge a vice-presidente Kamala Harris.

À frente do agora recandidato presidencial, neste comício de lançamento de campanha, os apoiantes pediam "mais quatro anos" para Biden ao eleitorado americano.

"O nosso plano económico está a funcionar. Temos agora de acabar o trabalho, mas ainda há muito por fazer e com vocês a liderar. Pás no chão, gruas no ar, fábricas a abrir e todos os empregos criados”, sublinhou Joe Biden.

Nas ruas americanas, no entanto, as opniões dividem-se sobre a caopacidade de Biden para cumprir mais um mandato.

Rodney Grimes, um eleitor de Nova Iorque com 59 anos e que apoia Biden, defende que, sejam "pessoas mais velhas assim como as mais jovens, se a saúde for boa, a idade não interessa muito".

Steven Hjupp, um eleitor do Connecticut e natural da África do Sul, considera o atual Presidente "demasiado velho para se candidatar". "Pode estar de boa saúde, mas, quem sabe como poderá estar daqui a seis anos? Penso ser altura de ele se afastar”, defendeu.

Os potenciais rivais de Biden

Do lado democrata, Joe Biden poderá vir a ter a concorrência da especialista de motivação Marianne Williamson, há muito também uma ativista pela justiça social nos EUA, que preconiza para a campanha de 2024 a defesa de serviços gratuitos de infantário, serviço público de saúde, indemnizações pelos tempos da escravatura e uma agência federal apelidada Departamento da Paz.

O sobrinho do mítico 35.° Presidente americano John Fitzgerald Kennedy, assassinado em 1963, poderá ser outro dos concorrentes democratas de Biden.

John F. Kennedy Jr., de 69 anos, fez-se notar durante a Covid-19 por ser contra as vacinas e é um conhecido ativista pelo ambiente.

Entre os Republicanos, Donald Trump surge como a grande figura e tem-se mostrado agressivo na tentativa de se lançar de novo na corrida à Casa Branca.

O último presidente conservador tem, porém, contra ele os diversos processos legais que enfrenta, nomeadamente pela alegada implicação na invasão do Capitólio dias antes da tomada de posse de Biden, mas também por usar dinheiros da respetiva campanha para pagar o silêncio de uma atriz porno num caso que poderia prejudicar ou, num julgamento iniciado esta semana, por uma alegada violação cometda em 1996.

Nikki Haley, a antiga embaixadora americana na ONU, também já anunciou a intenção de entrar na corrida e pode ser a surpresa.

O governador da Florida, Ron DeSantis, confesso opositor de Trump, é outro dos prováveis candidatos republicanos em 2024 à Casa Branca e tem liderado alguns comícios que o antecipam como candidato.

Os três terão de passar pelo escrutínio das primárias republicanas e só um será nomeado em junho para se apresentar nas urnas na terça-feira, 5 de novembro de 2024.

Outras fontes • AP

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