Economia grega cresce, mas custo de vida também

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De  Symela Touchtidou
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Em contagem decrescente para as eleições, a economia grega está em pleno crescimento, longe dos tempos da crise, isso não se está a refletir nos salários reais, com uma elevada inflação.

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Crescimento elevado, redução da dívida e aumento dos investimentos: A economia grega registou um forte desempenho nos últimos dois anos, ultrapassando a maioria dos países europeus. A Grécia já não é a ovelha negra da família europeia, mas sim uma história de sucesso de reforma e recuperação. Os especialistas, tanto no país como no estrangeiro, dizem que se avizinham dias ainda melhores.

Tasos Anastasatos, economista-chefe do Eurobank, diz: "Há boas razões para a economia grega ter um desempenho superior ao da Zona Euro nos próximos três a cinco anos. Entre elas, contam-se o grande pacote de subvenções e empréstimos do Fundo de Recuperação e Resiliência da UE, a boa reputação do país, especialmente no setor do turismo, e a abundante liquidez do sistema bancário."

Os números prosperam na Grécia, mas, como acontece frequentemente em economia, a situação no terreno é bastante diferente.

A Grécia já não é a ovelha negra da família europeia, mas sim uma história de sucesso de reforma e recuperação.

A economia grega tem registado um forte crescimento nos últimos anos, mas os salários reais (isto é, os salários nominais depois de deduzida a inflação) não seguiram o mesmo caminho. De facto, em muitos casos, caíram - devido ao aumento contínuo dos preços. Esta situação também se reflete no mercado de trabalho. Cada vez mais empregadores afirmam que têm dificuldade em recrutar pessoal, uma vez que os trabalhadores consideram que os salários não são suficientemente elevados. Milhares de postos de trabalho continuam vagos em setores críticos para a economia grega, como os serviços alimentares, o turismo e a construção.

Ao mesmo tempo, os consumidores gregos são obrigados a reduzir as compras, mesmo de produtos básicos, para fazer face à vaga de aumentos contínuos de preços.

Evangelia, reformada, passou a comprar menos: "Reduzimos algumas das nossas compras", diz. "Compramos menos coisas. Eu comprava quatro quilos de fruta, agora compro dois ou um. E as nossas compras limitam-se aos alimentos, não compramos mais nada".

A caminho das urnas, os cidadãos gregos dizem que a inflação é a principal preocupação, algo que os vai influenciar na hora de decidir em que partido vão votar.

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