Secretário de Estado norte-americano está de visita à China para desanuviar as tensões diplomáticas entre os dois países. Taiwan e Ucrânia continuam a dividir.
As imagens de um aperto de mão podem não traduzir as mais de mil palavras trocadas entre Antony Blinken e Wang Yi, mas o gesto simbólico dá uma clara mensagem ao mundo: a China e os Estados Unidos querem continuar sentados à mesma mesa das negociações.
Após a reunião com o diplomata de topo, esta segunda-feira, o secretário de Estado norte-americano encontrou-se ainda com Xi Jinping.
O presidente chinês revelou que "as duas partes fizeram progressos e chegaram a uma base comum em certos pontos específicos", descrevendo esses progressos como "uma coisa boa".
Taiwan entre EUA e a China
Blinken, que este domingo já se tinha reunido com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, reuniu-se, desta vez, durante a manhã com o alto diplomata chinês Wang Yi, para desanuviar as tensões diplomáticas com Pequim.
À saída, após uma uma longa reunião descrita como "construtiva", ficou a garantia de "canais de comunicação abertos".
Há décadas que os laços entre os dois países não se encontravam tão fragilizados como atualmente. A cisão foi talhada pela questão da autonomia de Taiwan, apoiada por Washington.
Os EUA acusam a China de levar a cabo exercícios militares junto à ilha. Já a China denuncia um controlo da exportação de tecnologia de ponta para os Estados Unidos e acordos de segurança com aliados chineses
Wang Yi transmitiu já a Blinken a posição de Pequim, afirmando que a China não fará "qualquer compromisso" em relação ao território insular. E quanto aos Estados Unidos, diz o diplomata, "é necessário fazer uma escolha entre o diálogo e a confrontação, entre a cooperação e o conflito".