Caso seja ampliada a classificação de vítimas, 12 mil pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas, podem receber uma compensação.
O partido do chanceler alemão, Olaf Scholz, quer ampliar a classificação de "vítimas" da injustiça comunista na antiga RDA.
Isso poderia significar uma compensação para cerca de 12 mil pessoas forçadas a fugir de suas casas em 1952 e 1961.
Marie-Luise Troebs tinha 10 anos quando, em 1961, a família foi obrigada pelo regime do SED a deixar a cidade onde vivia e ir viver para um local a 130 quilómetros de distância. Ainda se lembra que "a maioria dos homens estava armada" e que uma mulher lhe disse que naquele dia não podia sair de casa, nem ir à escola. "E aí a minha mãe veio com o menino, que tinha quatro anos, no colo e, de alguma forma, tentou explicar-nos que tínhamos que sair de Geisa. E foi... terrível", conta, emocionada.
Troebs dirige uma associação de cidadãos que viviam na Alemanha de Leste. Reclamam uma compensação de 20 mil euros para cada vítima.