Críticos de Putin e ativistas antiguerra manifestam-se na Europa, três anos após o envenenamento de Alexey Navalny. Comunicação social ocidental reafirma que a contraofensiva ucraniana está num impasse.
Manifestações anti-Putin e antiguerra aconteceram em várias capitais europeias no domingo, três anos após o envenenamento de Alexey Navalny (aconteceu a 20 de agosto de 2020). O envenenamento do grande rival de Putin, considerado um dos pontos-chave na campanha do Kremlin para silenciar todas as vozes significativas da oposição, é visto como parte dos preparativos para a guerra.
"Fizemos isso para mostrar a todos que 'você não está sozinho'. Todos que estão aqui podem ver que 'você não está sozinho, estamos com você, estamos todos juntos'. Apoiamos Navalny, apoiamos a oposição, apoiamos a paz em todo o mundo e não apoiamos Putin, a sua ditadura e a guerra," afirmou o estudante e ativista russoKirill Tsimkarzhenski, durante a manifestação de Berlim.
Nas manifestações, de Berlim e Helsínquia, por exemplo, marcaram presença as bandeiras branco-azul-branco. Um dos símbolos da oposição russa atualmente (efetivamente, é a bandeira russa sem a faixa vermelha) é usado, em particular, por unidades nacionais russas que lutam pela Ucrânia.
Entretanto, alguns meios de comunicação ocidentais dizem que a contraofensiva ucraniana está num impasse e citam um relatório da Inteligência dos EUA, que diz que Kiev não será capaz de alcançar tão cedo o objetivo principal de retomar Melitopol.
O The Economist e o The Washington Post citam autoridades ucranianas que lamentam o fornecimento ainda insuficiente de armamento ocidental, enfatizando a falta de veículos de engenharia e falta de aeronaves de combate.
Em combate, ambos os lados atacam-se, usando artilharia/mísseis/drones, mas registam um avanço muito limitado, ou nenhum, no solo; apesar de ambos os lados relatarem, regularmente, sucessos táticos.