Presidente norte-americano discursou esta tarde na Assembleia-geral das Nações Unidas, onde reiterou o apoio à Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou aos líderes mundiais para que enfrentem a "agressão russa" e continuem a apoiar a Ucrânia, durante o seu discurso no arranque da Assembleia Geral das Nações Unidas, esta terça-feira, em Nova Iorque.
"A Rússia acredita que o mundo se vai cansar e permitir que brutalize a Ucrânia sem consequências. Mas eu pergunto-vos o seguinte: se abandonarmos os princípios fundamentais dos Estados Unidos para apaziguar um agressor, pode algum Estado-membro deste organismo sentir-se confiante de que está protegido? Se permitirmos que a Ucrânia seja retalhada, estará a independência de qualquer nação segura? Sugiro respeitosamente que a resposta seja 'Não'".
Na plateia, as palavras de Biden foram escutadas pelos representantes das duas nações beligerantes, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov.
EUA "darão o exemplo" para travar armamento nuclear
No seu discurso perante a Assembleia-geral da ONU, Biden condenou o regime de Vladimir Putin por ter suspendido, em fevereiro deste ano, o tratado "New Start", o último acordo de controlo de armas entre os dois países, assinado em 2010.
O presidente norte-americano afirmou ainda que a retirada da Rússia do Tratado sobre Forças Convencionais na Europa, em 2007, foi "irresponsável e torna o mundo inteiro menos seguro", disse o presidente.
No entanto, Biden garantiu que os EUA "vão continuar a envidar esforços de boa-fé para reduzir a ameaça das armas de destruição maciça".
Guterres alerta para "ameaças existenciais"
A abertura da Assembleia-geral da ONU coube ao seu secretário-geral, António Guterres, que aproveitou a oportunidade para relembrar outros desafios urgentes para a humanidade.
"O nosso mundo está a ficar desequilibrado. As tensões geopolíticas estão a aumentar. Os desafios globais estão a aumentar. E parece que somos incapazes de nos unirmos para responder. Enfrentamos uma série de ameaças existenciais, desde a crise climática às tecnologias disruptivas, e fazemo-lo num momento de transição caótica."
A 78.ª Assembleia Geral da ONU vai decorrer até 26 de setembro.