Lula abre a assembleia-geral da ONU antes do frente-a-frente com Zelenskyy

Lula da Silva vai reunir-se presencialmente com Zelenskyy pela primeira vez
Lula da Silva vai reunir-se presencialmente com Zelenskyy pela primeira vez Direitos de autor AP Photo/Eraldo Peres//Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP//Arquivo
Direitos de autor AP Photo/Eraldo Peres//Ida Marie Odgaard/Ritzau Scanpix via AP//Arquivo
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

78.ª reunião de líderes e representantes dos 193 membros das Nações Unidas vai decorrer até sábado, com uma série de reuniões paralelas ao mais alto nível e não só sobre a invasão russa da Ucrânia

PUBLICIDADE

A Ucrânia e a agressão russa voltam a estar em destaque este ano na Assembleia Geral de líderes das Nações Unidas.

Depois de uma participação à distância no ano passado, seis meses após a invasão militar ordenada por Vladimir Putin, Volodymyr Zelenskyy vai estar presente na 78.ª reunião magna e falar de viva voz perante os líderes e representantes dos membros da ONU.

O presidente da Ucrânia está em Nova Iorque e será o 12.° líder a discursar. Já a Rússia, será representada uma vez mais pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, com Putin a manter-se na Rússia, protegido do mandado de captura internacional que lhe foi aberto pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Como manda a tradição, após os discursos de circunstância do secretário-geral da ONU e do presidente da Assembleia-geral, a ronda oficial pelos líderes e representantes dos 193 membros será aberta pelo Brasil e terá o presidente dos Estados Unidos como segundo orador, numa lista que irá desenrolar-se até sábado, dia em que se deverá ouvir a posição russa.

De resto, Lula da Silva tem uma reunião bilateral confirmada para quarta-feira com Zelenskyy. Depois de uma primeira conversa por telefone em março, este será o primeiro frente a frente entre os dois presidentes e terá, certamente, a invasão russa como prato forte, sobretudo depois de alguma posições controversas assumidas pelo líder brasileiro.

Lula da Silva resiste, por exemplo, a apelar à retirada unilateral da Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia e chegou a admitir que os ucranianos deveriam ceder território ao Kremlin além de mostrar vontade de não respeitar o mandado de captura do TPI se Putin se deslocar ao Rio de Janeiro para a próxima cimeira do G20 (entretanto, recuou porque o governo não pode imiscuir-se em questões de justiça).

O encontro presencial com Zelenskyy terá sido pedido pela presidência brasileira.

Lula tem também previsto, ainda para quarta-feira, sentar-se à mesa em privado com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um dos maiores apoios da Ucrânia na resistência e na contraofensiva à invasão russa.

O presidente de Portugal também está em Nova Iorque. Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo à Big Apple , já fez questão de elogiar o secretário-geral da ONU, o compatriota António Guterres, e vai falar esta terça-feira pela quinta-vez numa assembleia-geral das Nações Unidas ONU. 

O chefe do Estado português será o 10.° líder a tomar a palavra.

A reunião magna deste tema vai decorrer sob o tema "Reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global: acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas" e vai ter também sob os holofotes o chamado Sul Global e o aquecimento global.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Biden apela a união contra "a agressão russa" na ONU

Rússia recusa acusação de genocídio na Ucrânia em tribunal da ONU

Kim Jong-Un promete "apoio total e incondicional" a Putin