As autoridades francesas registara mais de 100 atos antissemitas e detiveram 24 pessoas, mas não há sinais de terrorismo no país. Alemães travam celebrações do ataque contra Israel
França registou até esta quinta-feira à noite "mais de uma centena de atos antissemitas", anunciou esta quinta-feira de manhã o ministro do Interior.
Gérald Darmanin revelou ainda, em entrevista à France Inter, que "24 pessoas foram detidas" pelas autoridades.
Interrogado sobre um eventual "risco de importação do conflito israelo-palestiniano", o ministro disse que "não há qualquer ameaça terrorista islamista" contra a comunidade judaica francesa e acrescentou no ter recebido sinais da importação do conflito para as ruas do hexágono gaulês.
Darmamin admite haverem "representantes políticos do Hamas em França, incluindo alguns com voz nos meios de comunicação social franceses", diz não poder antecipar "as consequências" das palavras desses "líderes políticos", mas reconhece que "podem levar as pessoas a pensar de forma diferente".
A Alemanha, por seu turno, vai interditar no respetivo território das atividades ligadas ao Hamas, anunciou o chanceler Olaf Scholz.
"Uma associação como a Samidoun, cujos membros celebram na rua os mais brutais atos de terrorismo, será proibida na Alemanha", especificou, como exemplo, o chefe do governo alemão, que promete também intensificar "todos os contactos" para travar um agravamento do conflito no Médio Oriente e para libertar os reféns.
O Reino Unido decidiu retirar de Israel os familiares do pessoal diplomático, por prevenção.
Com os líderes mundiais a intensificarem os contactos diplomáticos de ambos os lados do atual conflito armado entre Israel e o Hamas, nas ruas os cidadãos também fazem ouvir a revolta.
Há manifestações contra Israel, em diversos países, onde se lembra por exemplo as décadas de ocupação israelita nos territórios palestinianos que podem ter contribuído para agravar o sentimento negativo dos árabes mais extremistas contra os israelitas.
Nas manifestações a favor de Israel e da contraofensiva ao Hamas, em curso sobretudo na Faixa de Gaza, onde o grupo armado palestiniano estará aquartelado, as vozes insurgem-se contra o recurso ao terrorismo para afirmar ideologias religiosas e políticas, mas também para expressar pesar pelas vidas perdidas e pelos reféns raptados.