Palestinianos fogem do norte de Gaza

Palestinianos transportam ferido, na sequência de um ataque
Palestinianos transportam ferido, na sequência de um ataque Direitos de autor AP Photo
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Os militares israelitas afirmam que "centenas de milhares" de palestinianos deram ouvidos ao aviso e dirigiram-se para sul.

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Os palestinianos esforçaram-se por fugir das zonas de Gaza visadas pelas forças armadas israelitas.

Israel renovou os apelos nas redes sociais e em folhetos lançados do ar para que os residentes de Gaza se desloquem para sul, enquanto o Hamas exortou as pessoas a permanecerem nas suas casas. 

A ONU e os grupos de ajuda humanitária afirmaram que um êxodo tão rápido, juntamente com o cerco imposto por Israel ao território, causa um sofrimento humano indescritível.

A diretiva de evacuação abrange uma área de 1,1 milhões de habitantes, ou seja, cerca de metade da população do território. Os militares israelitas afirmam que "centenas de milhares" de palestinianos deram ouvidos ao aviso e dirigiram-se para sul. A diretiva deu aos palestinianos um prazo de seis horas, que terminou na tarde deste sábado, para viajarem em segurança dentro de Gaza ao longo de duas rotas principais.

Na iminência da operação militar terrestre israelita no norte de Gaza, a ONU teme que o conflito se propague ao Líbano.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres diz que a morte do jornalista da Reuters no fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah demonstra o "risco enorme" de tal cenário.

O jornalista da Reuters, Issam Abdallah, morreu na sexta-feira sob o efeito de um projétil supostamente disparado do lado israelita, mas não está totalmente claro.

O Hezbollah e as forças israelitas trocam tiros há vários dias. Segundo o exército israelita, durante a noite, foram atingidos vários alvos do Hezbollah como resposta a vários objetos voadores não identificados que se infiltraram no espaço aéreo israelita a partir do Líbano.

A ONU diz que antes mesmo da operação de evacuação começar já havia mais de 400 mil habitantes de Gaza deslocados internamente após uma campanha massiva de ataques aéreos. António Guterres classificou a situação humanitária na Faixa de Gaza como “um nível perigosamente baixo”.

Segundo os media israelitas, os soldados que fizeram incursões terrestres em Gaza, terão encontrado corpos de israelitas desaparecidos desde o passado sábado, dia do ataque do Hamas em Israel.

Entretanto, Israel anunciou a morte de um dos principais responsáveis do Hamas. Em comunicado, o exército diz que foram atacadas as bases de comando do movimento palestiniano e anuncia a morte de Mourad Abou Mourad, que seria o chefe das operações aéreas em Gaza, responsável por uma grande parte da ofensiva do Hamas sobre Israel do último sábado.

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