Fuga de mais de um milhão de pessoas da Cidade de Gaza está a asfixiar o sul do território, ainda sem eletricidade nem abastecimento de comida
Bani Suheila, nos arredores de Khan Younis, é uma das várias cidades no sul da Faixa de Gaza para onde fugiram nos últimos dias milhares de palestinianos.
As Nações Unidas estimam que mais de um milhão de pessoas já fugiram da cidade de Gaza, no norte do território. Grande parte seguiu mesmo para sul, onde a falta de eletricidade torna difícil até cozinhar.
"Todos os dias, entregamos entre três mil a quatro mil refeições e temos observado que estas refeições nunca são suficientes para o número de refugiados que aqui chegam. Não há gás. Cozinhamos a lenha. Até a lenha é dispendiosa, mas estamos a pagar a quem a tenha", explicou à Euronews um dos voluntários.
A cada dia que passa, a situação fica cada vez vez mais dramática e insustentável para quem ali está a tentar ajudar. E até a vida desses voluntários de ajuda humanitária está em perigo.
"Como voluntários, enfrentamos muitos obstáculos. O primeiro é a segurança. Israel está a bombardear-nos de forma indiscriminada. Não conseguimos antecipar quais as zonas que vão ser bombardeadas. O segundo obstáculo é a falta de provisões, de água e de combustível", lamentou outro voluntário.
Dez dias após o violento ataque terrorista do Hamas e os consequentes bombardeamentos de Israel sobre a Faixa de Gaza, a Organização Mundial de Saúde fez soar o alarme: Sem ajuda, a Faixa de Gaza pode ser palco de uma catástrofe humanitária em 24 horas. Ou seja, já esta terça-feira.