Israel pede desculpa ao Egito por acidente e lança aviso ao Hezbollah

Colunas de fumo dos bombardeamentos na Faixa de Gaza observadas do sul de Israel
Colunas de fumo dos bombardeamentos na Faixa de Gaza observadas do sul de Israel Direitos de autor AP Photo/Ariel Schali
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De  Francisco Marques
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Forças israelitas atingiram posto militar egípcio durante os bombardeamentos no sul da Faixa de Gaza e Netanyahu visitou as tropas junto ao sul do Líbano

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Israel prosseguiu este domingo com os bombardeamentos de preparação para a contraofensiva terrestre ao Hamas na Faixa de Gaza, mas também a norte realizou ofensivas para travar os ímpetos do Hezbollah de se intrometer na guerra.

A meio da tarde, as Forças de Defesa de Israel divulgaram um pedido de desculpas ao Egito por terem atingido de forma acidental um posto militar do país vizinho que também faz fronteira com a Faixa de Gaza, o território palestiniano controlado pelo Hamas onde as forças israelitas mantêm há 15 dias bombardeamentos intensos.

Israel continua a preparar a anunciada contraofensiva coordenada por terra, mar e ar contra o grupo armado palestiniano, considerado terrorista pela União Europeia e que a 7 de outubro surpreendeu o mundo com um ataque furtivo e bárbaro contra civis no território israelita.

O balanço de mortos do ataque do Hamas a Israel nestes últimos 15 dias já ultrapassa os 1.400 mortos e ainda haverá pelo menos 200 reféns retidos pelo grupo palestiniano dentro da Faixa da Gaza.

Por outro lado, o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas atualizou o balanço das vítimas em Gaza dos bombardeamentos israelitas destas últimas duas semanas para pelo menos 4.741 mortos e 15.898 feridos. 

As autoridades de Gaza asseguram que pelo menos 40% dos óbitos foram crianças.

Entretanto, a norte de Israel, os confrontos com o Hezbollah estão também a intensificar-se. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou as tropas junto à fronteira com o sul do Líbano e deixou um aviso forte.

"Se o Hezbollah decidir entrar na Guerra, vai perder a segunda guerra do Líbano e cometer o maior erro da sua existência. Vamos destrui-los com uma força que eles nem podem imaginar e isso, para o Hezbollah e para o Estado do Líbano, vai ser devastador", afirmou o chefe do governo hebraico, garantindo que em Israel estão "preparados para qualquer cenário".

Se o Hezbollah decidir entrar na Guerra, vai perder a segunda guerra do Líbano e cometer o maior erro da sua existência.
Benjamin Netanyahu
Primeiro-ministro de Israel

As Forças de Defesa de Israel revelaram ter bombardeado este domingo quatro posições do Hezbollah no sul do Líbano, antecipando alegados preparativos que estariam ali em curso para um ataque contra alvos israelitas em Malkia.

Pelo menos 11 paramilitares do grupo libanês aliado do Hamas terão sido mortos entre sábado e domingo, e o Hezbollah realizado mais de uma dezena de ataques, incluindo o alegado disparo de um míssil para uma área aberta em Israel, "sem causar feridos nem danos", especificou os meios de comunicação hebraicos.

A Agência das Nações Unidas para a proteção dos refugiados palestinianos (UNRWA) assumiu-se "em choque e de luto".

"Está confirmada que 29 dos nossos colegas em Gaza foram mortos desde o dia 7 de outubro. Todos eles eram professores da UNRWA. Enquanto agência, estamos devastados. Estamos a sofrer uns com os outros e com as famílias", lê-se na mensagem partilhada pela UNRWA nas redes sociais.

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