ONU denuncia violações do direito internacional e EUA rejeitam cessar-fogo em Gaza

John Kirby
John Kirby Direitos de autor Mark Schiefelbein/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Israel apelou a demissão de António Guterres depois deste mencionar violações do direito internacional na Faixa de Gaza. Washington defende que cessar-fogo iria beneficiar o Hamas

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António Guterres fez referência a violações do direito internacional na Faixa de Gaza e pediu um cessar-fogo imediato, denunciando um "castigo coletivo" contra os palestinianos. Israel respondeu com um apelo à demissão do secretário-geral da ONU.

A ajuda humanitária tem entrado a conta gotas mas de forma insuficiente no enclave palestiniano e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos diz que poderá ser forçada a interromper as operações por falta de combustível.

A Organização Mundial de Saúde avisou, por seu lado, que dois terços das instalações hospitalares podem deixar de funcionar também por falta de combustível para os geradores.

Ghassan Abu Sitta, cirurgião no hospital Al-Shifa:"A pressão da água é tão fraca que não conseguimos fazer trabalhar as máquinas de esterilização que usamos para esterilizar o nosso equipamento cirúrgico. E a eletricidade continua a sofrer cortes. Estamos completamente dependentes do combustível que, pelo que sei, já não está a chegar."

Os Estados Unidos dizem apoiam "pausas humanitárias" para permitir a entrada de água, alimentos e medicamentos em Gaza, mas não fazem referência ao combustível, nem apoiam o "cessar-fogo" proposto pela Rússia e pela China, defendendo que uma trégua só beneficiaria o Hamas.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca:"Queremos ver todas as medidas de proteção para os civis e as pausas nas operações são uma ferramenta e uma tática que pode fazer isso, em períodos temporários. Isso não é o mesmo que dizer um cessar-fogo. Mais uma vez, neste momento, acreditamos que um cessar-fogo geral beneficia o Hamas."

Entretanto os bombardeamentos israelitas continuam e, de acordo com números fornecidos pelas autoridades em Gaza, fizeram mais de 700 mortos nas últimas 24 horas.

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