Os bombardeamentos israelitas ao campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, fizeram quase 200 mortos, revela o Hamas. Israel diz ter abatido comandante do grupo islamita.
Pelo menos 195 pessoas morreram na sequência dos dois bombardeamentos de Israel ao campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza. Aos números, cedidos pelo Hamas, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acrescenta que os ataques israelitas parecem "desproporcionados" e podem vir a constituir "crimes de guerra".
Apesar do elevado número de baixas civis, Telavive alega ter tido como alvo elementos do Hamas e anunciou ter abatido durante a ofensiva de terça-feira um segundo comandante do grupo islamita armado.
Mais de 400 pessoas autorizadas a sair de Gaza
Em Rafah, uma abertura temporária da fronteira permitiu o transporte de feridos para o Egito.
O país africano, que faz fronteira com Gaza, admitiu na quarta-feira pelo menos 335 titulares de passaportes estrangeiros e 76 feridos e doentes graves, transportados em ambulâncias egípcias ou do Crescente Vermelho.
De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, os principais geradores de abastecimento do hospital da região deixaram de funcionar.
Para quem fica, a situação é descrita pela agência da ONU no terreno como chocante,
"Fiquei chocado com o facto de toda a gente estar a pedir comida e água. Vimos quase todas as crianças a tentarem exprimir a sua vontade de comer e de beber água. Nunca tinha visto algo semelhante em Gaza quando lá estive antes do conflito", afirma o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini.
Tailândia negoceia com Hamas libertação de reféns
No campo diplomático, multiplicam-se os apelos à libertação dos reféns feitos pelo Hamas a 7 de outubro.
O presidente norte-americano, Joe Biden, defendeu, esta quarta-feira, numa angariação de fundos em Minneapolis, a solução de uma "pausa humanitária".
Já as autoridades tailandesas, noticia a Agência France Press (AFP), entraram em contacto direto com o grupo islamita para que os 22 cidadãos tailandeses retidos em Gaza sejam libertados.