Hamas: Bombardeamentos israelitas fazem centenas de mortos na Faixa de Gaza em 24 horas

Palestinianos choram os mortos num bombardeamento israelita, hospital de Khan Younis
Palestinianos choram os mortos num bombardeamento israelita, hospital de Khan Younis Direitos de autor Fatima Shbair/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Centenas de pessoas morreram na Faixa de Gaza desde sábado, dizem fontes do Hamas que falam em também centenas de feridos.

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Mais de 700 pessoas terão sido mortas, em 24 horas, na ofensiva israelita na Faixa de Gaza. Informação avançada, este domingo, por diferentes fontes que citam o grupo islamita Hamas, que controla o enclave palestiniano. Haverá mais de 1,5 milhões de palestinianos deslocados na Faixa de Gaza. Dados sobre os quais não há confirmação independente. De acordo com o novo balanço feito pelo Hamas o número de mortos, desde o início do conflito, ultrapassa os 15.500.

Não há lugar seguro em Gaza enquanto as forças de ocupação israelitas cometem atrocidades em toda a Faixa.
Hamas

Pelo terceiro dia consecutivo, desde que terminou uma trégua, Israel efetuou novos ataques à Faixa de Gaza. O porta-voz militar de Israel dizia que as tropas atacaram múltiplos "alvos terroristas", por ar, mar e terra, em diferentes partes do enclave. Alvos que incluem "túneis terroristas, centros de comando e instalações de armazenamento de armas", bem como uma "célula terrorista".

De acordo com o Exército israelita, foram encontrados mais de 800 túneis desde o início da guerra em Gaza e que cerca de 500 já destruídos. A mesma fonte referia que alguns deles ligavam, através do subsolo, instalações estratégicas da organização terrorista islâmica Hamas. A informação não foi confirmada de forma independente.

O mesmo responsável tinha lançado um apelo aos habitantes de seis bairros de Khan Younis, em língua árabe, para que partissem para outras zonas do enclave.

Do outro lado, a agência noticiosa oficial palestiniana WAFA denunciava a "destruição de numerosas casas, edifícios, apartamentos residenciais e propriedades públicas e privadas" pelos "incessantes bombardeamentos israelitas". Ataques que, referia, concentraram-se sobretudo na parte norte da Faixa mas estenderam-se também a cidades do sul, como Khan Younis.

Israel bombardeia campo de refugiados de Jabalia

No norte de Gaza, equipas de salvamento, com pouco equipamento, lutavam para escavar os escombros de edifícios, no campo de refugiados de Jabalia e noutros bairros da cidade de Gaza, em busca de possíveis sobreviventes mas também de cadáveres.

Foi mais um bombardeamento israelita a este campo, que fez vítimas mortais e feridos e atingiu não só o local onde estavam refugiados palestinianos como uma área residencial nos arredores. A situação era de calamidade.

EUA pedem a Israel que faça mais para proteger os civis

À margem da Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP28), que está a decorrer no Dubai, a vice-presidente dos EUA mostrava-se preocupada com o "grande número de palestinianos inocentes" mortos neste conflito. Kamala Harris dizia que aquilo a que têm assistido é "devastador" e que é preciso “Israel deve fazer mais para proteger civis inocentes”, que estão a sofrer e a morrer.

Enquanto Washington alerta para o perigoso aumento no número de vítimas civis o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantia que o único caminho "para a vitória" e prosseguir com a "campanha terrestre”.

Já o Procurador-Geral do Tribunal Penal Internacional (TPI) apelava ao respeito pelo Direito Internacional, pelas duas partes - Israel e Hamas. Karim Khan garantia que vão intensificar as investigações a potenciais crimes de guerra cometidos por israelitas e palestinianos.

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