Ativistas dizem que o que está a ser feito para eliminar os combustíveis fósseis não é suficiente.
Os negociadores da conferência das Nações Unidas sobre o Clima elaboraram um novo esboço do que se espera ser o documento central das conversações.
O documento analisa o que aconteceu desde o acordo climático de Paris de 2015, o que não respeita os objetivos e o que pode ser feito para corrigir a situação.
O presidente-executivo da COP 28 está otimista em relação aos avanços da cimeira.
"Precisamos de estar alinhados com a meta de 1,5 ºC mantendo-a ao nosso alcance. Foi o que articulámos como o principal objetivo desta conferência. Para isso, terá de haver um progresso substancial na redução das emissões e na criação de uma trajetória de descarbonização que nos leve ao alinhamento com o 1,5 até 2030. Temos sete anos para o fazer. Por isso, ou ficamos atolados em debates sobre a linguagem, ou podemos encontrar formas práticas de o fazer", declarou Adnan Amin.
Os ativistas, que se têm manifestado perto do local da COP28, dizem que o que está a ser feito para eliminar os combustíveis fósseis não é suficiente.
"Os níveis de frustração das pessoas em relação a estas conferências são realmente elevados. Algumas perderam qualquer esperança neste processo. Mas nós estamos aqui porque acreditamos que não podemos resolver o problema se os governos não atuarem. O problema é nosso. Não dependemos apenas de nós. Os governos, aqueles que estão no poder têm de fazer alguma coisa, por isso estamos aqui para os pressionar", disse ydinyda Nacpil, do Movimento dos Povos da Ásia sobre Dívida e Desenvolvimento.
Os manifestantes pedem uma eliminação total dos combustíveis fósseis. Sabem que é uma meta ambiciosa, mas dizem que é a única forma de enfrentar a crise do aquecimento global.