É possível alcançar a paz entre a Arménia e o Azerbaijão? Como é que o Cazaquistão encara as relações com a Rússia? Os presidentes do Azerbaijão e do Cazaquistão discutem estratégias económicas e geopolíticas numa entrevista exclusiva à Euronews.
Baku acolheu recentemente uma conferência económica regional liderada pela ONU, que reuniu líderes dos países participantes no SPECA na Ásia Central, no Afeganistão e no Azerbaijão.
A correspondente da Euronews, Galina Polonskaya, falou com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e com o Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, para conhecer as estratégias económicas regionais dos dois países.
O Presidente Aliyev atribui o crescimento do Azerbaijão às reformas, à redução da pobreza e à gestão da dívida externa.
O Cazaquistão tem como objetivo um crescimento de 5%, tendo o Presidente Tokayev colocado a tónica na cooperação internacional, nos investimentos e no compromisso de duplicar o seu potencial económico até 2029.
O Presidente Aliyev destacou as exportações de gás do Azerbaijão para a Europa e a sua contribuição para a segurança energética da Europa, bem como os investimentos no setor das energias verdes.
O Presidente Tokayev afirmou que considera vital a atividade energética do Cazaquistão, acrescentando que o país pretende atingir emissões líquidas nulas de gases com efeito de estufa até 2060.
A relação com a Rússia
O Presidente Tokayev afirmou que a Rússia é um "parceiro estratégico do Cazaquistão" e reconheceu a importância do país na região. O chefe de Estado do país crescentou que "apesar de algumas perturbações na cena internacional, o Cazaquistão e a Rússia continuarão a trabalhar em conjunto".
No que se refere ao conflito do Nagorno-Karabakh, o Presidente Aliyev delineou "cinco princípios básicos" que, segundo ele, constituiriam a base para um acordo de paz com a Arménia, incluindo o "reconhecimento mútuo da integridade territorial", "não usar a força" e "não reivindicar territórios um ao outro".
Clique no vídeo para ver as entrevistas na íntegra.