Salvini julgado por recusar desembarque de migrantes: "Orgulhoso do que fiz"

Matteo Salvini
Matteo Salvini Direitos de autor Gregorio Borgia/Copyright 2021 The AP. All rights reserved
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Artigo publicado originalmente em italiano

O atual ministro das Infraestruturas e dos Transportes de Itália é arguido no processo Open Arms, por ter impedido o desembarque de cerca de 150 migrantes do navio da ONG em Lampedusa

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O processo "Open Arms", no qual o atual ministro italiano das Infraestruturas e dos Transportes, Matteo Salvini, é acusado de rapto e de se recusar a cumprir o dever, foi retomado esta sexta-feira em Palermo. Em agosto de 2019, enquanto ministro do Interior, Salvini bloqueou o desembarque de 147 migrantes do navio da ONG espanhola em Lampedusa. O ministro será ouvido sexta-feira, enquanto na próxima audiência, marcada para 16 de fevereiro, terá início a inquirição das testemunhas indicadas pela defesa de Salvini.

Salvini: "Orgulhoso do que fiz"

Num post publicado nas redes sociais, em que é visto a entrar na sala de audiências, Salvini voltou ao argumento de que defendeu a segurança e as fronteiras do país.

 "Pronto para falar na sala de audiências do tribunal de Ucciardone, no julgamento que me faz arriscar 15 anos de prisão por ter, enquanto ministro do Interior, defendido a segurança e as fronteiras do meu país. De cabeça erguida, orgulhoso do que fiz", escreveu Salvini.

Oscar Camps: "Salvini é responsável pelos seus actos

O fundador da Open Arms, Oscar Camps, é crítico. "É decente que um ministro de uma república democrática obrigue 160 pessoas vulneráveis, incluindo mulheres e crianças, a esperar 19 dias até poderem receber o tratamento necessário no porto de desembarque mais próximo? Pensamos que não. Vemo-nos amanhã no tribunal!", escreveu na quinta-feira, 11 de janeiro, no X. Esta sexta-feira, em frente ao tribunal, fez um comentário aos jornalistas presentes: "Espero que seja feita justiça e que responda pelas consequências dos seus atos", declarou Camps sobre Salvini.

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