Marcelo já começou a ouvir os partidos para indigitar o novo primeiro-ministro

Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa Direitos de autor Eraldo Pered/AP
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Presidente da República recebeu o PAN na terça-feira e ouvirá os partidos até dia 20 de março. Líder da AD é o último a ser ouvido, no próximo dia 20.

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O Presidente da República começou na terça-feira a receber os partidos em Belém, tendo prometido indigitar um novo primeiro-ministro logo que sejam conhecidos os votos dos emigrantes na Europa e fora da Europa - ainda há quatro mandatos por atribuir.

"Na sequência das eleições para a Assembleia da República ontem realizadas, o Presidente da República ouvirá, a partir de terça-feira, os partidos políticos e coligações que nela estarão representados, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar", lê-se num comunicado no site da Presidência.

O primeiro partido a ser ouvido foi o PAN - Marcelo ouvirá os partidos por ordem crescente de representação parlamentar. Segue-se o Livre, esta quarta-feira, a CDU na quinta-feira, o Bloco de Esquerda na sexta-feira e a Iniciativa Liberal no sábado. Após interrupção no domingo, o Chega é ouvido a 18 de março, segunda-feira, o PS na terça-feira, 19 de março, e a Aliança Democrática é recebida no dia 20 de março.

"Depois de conhecidos os resultados dos círculos das comunidades portugueses no estrangeiro, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro", termina a declaração divulgada por Belém.

Ainda que faltem os resultados da emigração, os resultados até agora apurados do total das 3.092 freguesias do país indicam que a AD venceu as eleições tendo conseguido eleger 79 deputados com 29,49% dos votos. O PS elegeu 77 deputados, ao recolher 28,66% dos votos.

O Chega, de André Ventura, quadruplicou a votação em comparação com 2022 e conseguiu 48 mandatos na Assembleia da República. O Livre de Rui Tavares também se destacou, ao passar de um para quatro deputados. O Bloco de Esquerda conseguiu eleger cinco deputados, os mesmos das últimas legislativas, PAN - com um deputado - e IL - com oito - também mantiveram o mesmo número de mandatos na AR. A CDU passou de seis para quatro deputados.

A nova Assembleia da República poderá entrar em funções já no início de abril, tendo em conta o calendário previsto na lei, que exige que a Comissão Nacional de Eleições envie o Mapa Oficial das Eleições para Diário da República, após receber a Ata do Apuramento de Votos do Conselho Nacional de Eleições. Já o novo governo, dependerá das reuniões do Presidente com os partidos. 

Se Marcelo indigitar Luís Montenegro, líder da AD, o novo primeiro-ministro formará o Governo, que será empossado pelo Presidente. No entanto, a lei não fixa quaisquer prazos para estes passos. Em eleições passadas, os governos entraram em funções cerca de um mês após as legislativas, depois de terem apresentado o programa de Governo na Assembleia da República.

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