O presidente russo decretou um dia de luto nacional na Rússia após o ataque à sala de concertos em Moscovo, que causou mais de 130 mortes e mais de 150 feridos. Putin afirma que Kiev está envolvida no ataque, mas as autoridades ucranianas negam qualquer ligação.
Dia de luto nacional na Rússia anunciado pelo presidente Vladimir Putin após o ataque terrorista de sexta-feira, na sala de concertos Crocus City Hall em Moscovo, onde 133 pessoas perderam a vida e pelo menos 152 ficaram feridas.
De acordo com o Ministério de Emergência russo, há também três crianças entre as vítimas. Uma homenagem às vítimas foi improvisada perto do local do ataque, com flores e velas que os moscovitas trazem para homenagear os mortos.
Operações de resgate e de socorro concluídas
De acordo com as autoridades russas, as operações de resgate e de socorro foram concluídas, ficando apenas a investigação criminial do incidente em andamento. No sábado, os serviços de segurança russos prenderam 11 pessoas suspeitas de estarem ligadas ao ataque terrorista, incluindo as quatro que abriram fogo contra a multidão no hall de entrada e no interior da sala de concertos.
Vários detidos pelo ataque ao centro Crocus City Hall
Nenhum dos presos é de nacionalidade russa. A maioria é proveniente das repúblicas da Ásia Central. O Daesh, também conhecido por ISIS ou Estado Islâmico, reivindicou a responsabilidade pelo ataque. As imagens dos quatro terroristas detidos foram divulgadas por esta organização criminosa.
Moscovo acusa Kiev de envolvimento no ataque
Os Estados Unidos acreditam na reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico, em particular, pelo Isis-K, um ramo do Daesh com sede no Afeganistão.
No entanto, os investigadores russos afirmam que os atacantes "têm laços com a Ucrânia". Segundo o Kremlin, os autores do atentado foram presos "enquanto tentavam fugir para a Ucrânia".
Putin também liga a Ucrânia ao ataque a Moscovo
O presidente russo, Vladimir Putin, não mencionou o Estado Islâmico na mensagem que deu à nação no sábado, tendo mencionado supostas ligações com a Ucrânia ao afirmar que os terroristas tinham uma "janela aberta" com Kiev.
As autoridades ucranianas negaram veementemente qualquer possível ligação com o ataque. O presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, disse que ficou chocado com essas acusações e, em particular, com o discurso de Putin.
Flores e velas na frente das embaixadas russas
Enquanto milhares de moscovitas foram aos centros de saúde para doar sangue aos feridos no ataque ao Crocus City Hall, em muitas cidades europeias, incluindo Roma e Madrid, os cidadãos montaram memoriais em frente às embaixadas russas.
Pena de morte para os terroristas
O ataque à sala de concertos reabriu o debate na Rússia sobre a pena de morte. Até agora, a pena capital não foi aplicada no país, mas o Código Penal prevê isso em casos de terrorismo.