Países Bálticos assinalam os 75 anos das deportações em massa soviéticas para a Sibéria

Países Bálticos assinalam 75º aniversário das deportações em massa soviéticas para a Sibéria
Países Bálticos assinalam 75º aniversário das deportações em massa soviéticas para a Sibéria Direitos de autor EBU
Direitos de autor EBU
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em plena guerra na Ucrânia, os países bálticos celebram o 75º aniversário das deportações em massa soviéticas. Quase 42 mil pessoas foram deportadas para a Sibéria e para a Rússia.

PUBLICIDADE

Os países bálticos assinalam, esta terça-feira, o 75º aniversário das deportações em massa soviéticas para a Sibéria.

Na Letónia, 42.000 pessoas, incluindo recém-nascidos e crianças, foram deportadas para a Sibéria e para outros locais remotos na Rússia sob o regime soviético, em apenas um dia. De acordo com as agências internacionais, quase 3% da população estoniana foi retirada das suas casas e enviada para estes países, em 1949.

"O meu irmão mais novo tinha apenas 8 meses de idade, ele estava doente com uma pneumonia, mas sobreviveu apesar dos nossos pais terem sido deportados... Eu nasci lá. A minha irmã seria dois anos mais velha... Ela nasceu lá, mas morreu dois meses depois. Ficou na Sibéria. Quando voltámos para casa eu tinha um ano e meio e, por isso, não me lembro de nada”, disse Gita Baumane, umas das vítimas das deportações soviéticas, citada pelas agências internacionais.

Para assinalar esta data, o presidente da Letónia, Edgars Rinkēvičs, deixou uma mensagem às vítimas destas deportações e relembrou a importância de combater “o mal”: “Hoje conseguimos dizer claramente a nós mesmos e ao mundo que não se pode concordar com o mal. Não se pode negociar com o mal, nem estar em paz com o mal. O mal pode ser derrotado e o mal deve ser combatido”, disse Rinkēvičs, citado pelas agências internacionais.

O ato mais agressivo contra os estonianos pela União Soviética foi, segundo a Letónia, a onda de deportações de quatro dias, em que 20.700 pessoas foram presas e colocadas em vagões de gado com destino à Sibéria. Quase 80% destas pessoas eram mulheres e crianças e cerca de 3.000 prisioneiros acabaram por morrer na Sibéria.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

UE deve ser potência de defesa para manter "segurança mundial", diz PM da Estónia

Ministro da Justiça da Estónia demite-se devido a alegações de corrupção

Zelenskyy em périplo pelos países Bálticos em busca de ajuda