Dezenas de milhares de israelitas protestam contra a guerra

Protesto contra as isenções do serviço militar obrigatório concedidas por Israel aos judeus ultra-ortodoxos, no bairro de Mea Shearim, em Jerusalém
Protesto contra as isenções do serviço militar obrigatório concedidas por Israel aos judeus ultra-ortodoxos, no bairro de Mea Shearim, em Jerusalém Direitos de autor Ohad Zwigenberg/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Manifestantes pedem a demissão do primeiro-ministro israelita, acusando-o de seguir a estratégia errada e de sabotar as negociações com os reféns mantidos pelo Hamas. Exército de Israel retirou-se do Hospital al-Shifa na cidade de Gaza após um cerco de duas semanas.

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Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Telavive e de outras cidades israelitas naquele que foi descrito como o maior protesto antigovernamental desde o início da guerra. 

Os manifestantes exigem a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusando-o de seguir a estratégia errada e de sabotar as conversações sobre os reféns.

A outra questão levantada por alguns manifestantes é o facto de os judeus ultra-ortodoxos ("haredim") estarem isentos do recrutamento militar

Alguns grupos consideram que, em plena guerra, a medida não é justa, uma vez que os haredim representam 13% dos cidadãos israelitas e têm um poder político significativo.

Netanyahu declarou no último domingo que uma eleição antecipada "paralisará Israel" durante vários meses e suspenderá as negociações para a libertação dos reféns, acrescentando que "o primeiro a abençoá-la será o Hamas".

Além disso, Netanyahu reiterou a sua determinação em avançar com uma operação terrestre em Rafah, a qual ainda não foi iniciada, apesar de já estar a ser discutida há várias semanas.

O primeiro-ministro israelita fez esta declaração pouco antes de ir para o hospital, onde foi submetido a uma operação a uma hérnia. Segundo os médicos, foi concluída com sucesso.

Israel retira-se do Hospital al-Shifa

O exército israelita retirou-se do Hospital al-Shifa na cidade de Gaza após um cerco de duas semanas, deixando para trás um rasto de destruição.

Fotografias mostram que o edifício principal de cirurgia de al-Shifa, que albergava a unidade de cuidados intensivos, e o edifício vizinho, onde se situavam os serviços de urgência, cirurgia geral e ortopedia, foram destruídos.

Segundo o comunicado do exército de Israel, as tropas "concluíram uma atividade operacional precisa no hospital de al-Shifa e abandonaram a zona". Durante a incursão, dizem as forças israelitas, "evitaram causar danos a civis, doentes e equipas médicas".

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 21 pacientes morreram desde que Israel iniciou o cerco ao hospital, a 18 de março.

Pelo menos quatro pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita ao pátio do Hospital Al-Aqsa, no centro de Gaza, adianta ainda a OMS.

Novo governo na Cisjordânia

Entretanto, na Cisjordânia, foi empossado no domingo um novo governo "tecnocrático". 

O novo primeiro-Ministro, Mohammad Mustafa, é visto como uma parte dos esforços da administração americana no âmbito da "solução dos dois Estados".  

A Casa Branca manifestou a esperança de que este novo governo seja também responsável pela reconstrução de Gaza após a guerra.

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