Exército de Israel deixa maior hospital de Gaza, ao fim de duas semanas de operações militares em que diz ter matado 200 militantes do Hamas. OMS fala em 20 pacientes mortos.
As forças armadas israelitas retiraram-se do maior hospital de Gaza, o hospital de Al-Shifa, na madrugada desta segunda-feira, depois de uma operação militar que durou duas semanas e durante a qual afirmam ter matado cerca de 200 militantes e operacionais de alto nível do Hamas, e detido centenas de outros. O Tsahal diz ainda ter apreendido armas e informações valiosas.
Os residentes palestinianos afirmaram que as tropas deixaram para trás vários corpos e um rasto de destruição.
A agência de saúde das Nações Unidas diz que mais de 20 pacientes morreram e dezenas foram colocados em risco durante o ataque
No domingo, Israel atacou um acampamento usado por jornalistas no exterior do hospital dos mártires de Al-Aqsa, em Deir el-Balah, e fez pelo menos quatro mortos e 16 feridos.
Israel argumenta que o acampamento era usado pela Jihad islâmica como centro de comando e que as pessoas mortas no ataque são militantes deste grupo armado.
A BBC diz que um jornalista freelancer ficou ferido no ataque.
Israel atacou também o campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. De acordo com os meios de comunicação palestinianos, três pessoas morreram quando os ataques aéreos israelitas atingiram uma casa neste campo durante o fim de semana.
Entretanto, um segundo carregamento de ajuda alimentar para os residentes de Gaza chegou por via marítima na segunda-feira, no mais recente teste de uma nova rota marítima a partir da ilha mediterrânica de Chipre. Os navios tiveram já autorização para descarregar.