Navio de cruzeiro com 1500 passageiros retido em Barcelona porque 69 bolivianos têm vistos falsos

Os passageiros são fotografados no navio de cruzeiro MSC Armony, atracado no porto de Barcelona, Espanha, quarta-feira, 3 de abril de 2024.
Os passageiros são fotografados no navio de cruzeiro MSC Armony, atracado no porto de Barcelona, Espanha, quarta-feira, 3 de abril de 2024. Direitos de autor Emilio Morenatti/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews
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Artigo publicado originalmente em espanhol

Os 69 bolivianos que se encontravam no navio de cruzeiro, que partiu do Brasil, não têm autorização para entrar no espaço Schengen.

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Um navio de cruzeiro MSC, proveniente do Brasil e com 1.500 pessoas a bordo, está retido no porto de Barcelona desde a manhã de terça-feira porque 69 dos seus passageiros, todos de nacionalidade boliviana, apresentaram vistos falsos para entrar no espaço Schengen.

As autoridades espanholas já tinham autorizado os restantes passageiros a desembarcar durante algumas horas na terça-feira, mas o navio continua retido no porto na quarta-feira, à espera de uma solução para o conflito.

"A situação que estamos a viver aqui é de grande incerteza. Não sabemos o que vai acontecer", disse um dos passageiros, o espanhol Paul Ibarguengoitia, à RTVE.

Possíveis vítimas de um golpe

De acordo com meios de comunicação locais, os 69 bolivianos podem ter sido vítimas de um golpe, pois compraram um pacote de cruzeiro que incluía o visto por até 10.000 dólares. Alguns deles supostamente iriam se encontrar com parentes que os esperavam no porto de Barcelona.

O barco, cujo destino final era Itália, deveria ter partido do porto de Barcelona na tarde de terça-feira. No entanto, não se sabe quando e como irá prosseguir a sua viagem. As autoridades espanholas acusaram o armador do navio de cruzeiro, a MSC, de não ter verificado previamente os documentos dos passageiros.

14 menores entre os detidos

Segundo o jornal 'El País', as "irregularidades" nos vistos destes passageiros, incluindo 14 menores, foram descobertas durante a viagem, antes da chegada do navio a Espanha.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bolívia apelou ao respeito pelos direitos humanos dos bolivianos e garantiu que a companhia deve encontrar "uma solução imediata para a situação em que se encontram os nossos nacionais, uma vez que a sua obrigação era comprovar os documentos de entrada ou saída de qualquer destino que ofereça os seus serviços".

Publicación de Cancillería de Bolivia en X, del 2 de abril de 2024.

De acordo com o jornal 'El País', as autoridades do porto de Tenerife permitiram, de facto, o desembarque em território espanhol e só quando o cruzeiro chegou a Málaga é que os bolivianos tiveram problemas com a sua documentação.

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