Sete pessoas julgadas por fornecer droga suicida a mais de 600 pessoas nos Países Baixos

Simpatizantes com a causa apelam a legislação que contemple o direito a morrer
Simpatizantes com a causa apelam a legislação que contemple o direito a morrer Direitos de autor Margriet Faber/AP
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Os arguidos com idades entre os 70 e 80 anos eram membros de um grupo a favor direito a morrer.

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Sete pessoas com idades entre 70 e 80 anos, acusadas de formar uma organização criminosa e fornecer um pó suicida conhecido como "substância x",  compareceram em tribunal em Arnhem, nos Países Baixos, na segunda-feira, para serem julgados.

Todos são ou foram membros de um grupo a favor do direito a morrer, intitulado  Cooperativa Última Vontade, que acredita que qualquer pessoa tem o direito a escolher quando quer pôr fim à vida. 

Nenhum dos sete tem antecedentes criminais. No entanto, o Ministério Público neerlandês considera que várias pessoas morreram após consumirem o pó fornecido pelos membros deste grupo. Mais de 600 pessoas terão adquirido esta droga através de contactos com o grupo.

"As pessoas envolvidas na comercialização deste pó determinavam quem recebia ou não a substância X. E com isso determinavam quem podia e quem não podia morrer", argumentou o procurador do MP durante o julgamento.

O líder do grupo acredita que o caso não deve ser julgado em tribunal. "Na verdade, é difícil entender, porque acredito que estas pessoas representam dezenas de milhares, talvez até mesmo centenas de milhares de pessoas na Holanda que gostariam de fazer a sua própria escolha sobre o seu próprio fim de vida", defende Rob van Doorn, presidente da Cooperativa Última Vontade.

Simpatizantes da causa manifestaram-se por mais autodeterminação e uma mudança na legislação enquanto decorria o julgamento na segunda-feira.

Cabe agora ao tribunal determinar se o grupo é culpado pela morte de várias pessoas que consumiram a substância.

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