Borrell afirma ter “a certeza” que Rússia vai tentar interferir nas eleições europeias

Borrell afirma ter “a certeza” que Rússia vai tentar interferir nas eleições europeias
Borrell afirma ter “a certeza” que Rússia vai tentar interferir nas eleições europeias Direitos de autor Omar Havana/AP
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Num debate no Parlamento Europeu, Josep Borrel disse que acredita que a Rússia vai interferir nas eleições para o Parlamento Europeu. Vários eurodeputados apelaram a uma ação para travar Vladimir Putin.

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O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, disse, na quarta-feira, ter a certeza que a Rússia vai tentar interferir nas eleições para o Parlamento Europeu, que decorrem entre 6 e 9 de junho deste ano.

O anúncio foi feito num debate no Parlamento Europeu sobre as recentes eleições presidenciais russas, tendo o chefe da diplomacia europeia considerado “desprezível e ilegal” que os russos tenham tentado pagar a políticos europeus para divulgarem a sua propaganda, segundo as agências internacionais.

A Chéquia deu início a uma investigação sobre uma página na internet que alegadamente difunde narrativas pró-russas e de extrema-direita. A investigação visa detetar possíveis ligações financeiras entre os eurodeputados e a Rússia, ao mesmo tempo que o Parlamento Europeu também iniciou o seu próprio processo.

A vice-presidente da Comissão Europeia para os Valores e a Transparência, Vera Jourová, que estará em Portugal para encontros com responsáveis governamentais e intervenientes nacionais no contexto eleitoral, disse ao Parlamento Europeu, na quarta-feira, que Moscovo está a tentar dividir a Europa.

"A nossa democracia não pode ser tomada como garantida e o Kremlin vai continuar a usar a desinformação, a interferência maligna, a corrupção e quaisquer outros truques sujos do manual autoritário para dividir a Europa", disse Jourová, citada pelas agências internacionais.

Também os eurodeputados apelaram a uma ação para travar o presidente russo e para que os envolvidos venham a público.

"Não podemos permitir este golpe contra a credibilidade do Parlamento Europeu, mesmo antes das eleições. Estas eleições são fundamentais para o futuro do nosso projeto europeu, para continuar a apoiar a Ucrânia na sua luta pela sobrevivência, face à tirania do regime de Putin", disse Iratxe García Pérez, eurodeputada da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D).

Em fevereiro, o Parlamento Europeu já tinha denunciado, numa resolução, os "esforços contínuos da Rússia para minar a democracia europeia". De acordo com as agências internacionais, a União Europeia tomou medidas contretas contra a desinformação, através de novas leis e sanções para os eurodeputados por violações por regras internas de ética e transparência.

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