Antes das eleições europeias, debate político na Grécia está centrado nas principais questões do país e não nas matérias que envolvem mais diretamente a Europa. Economia e migração são dois dos temas com maior apelo junto do eleitorado.
Pouco antes das eleições europeias deste ano, os assuntos internos voltam a estar no centro das atenções na Grécia.
Apesar de, nos últimos cinco anos, o papel da Europa na vida quotidiana de todos os cidadãos se ter tornado mais claro, o debate político na Grécia, especialmente antes das eleições, centra-se nos problemas locais.
Numa sondagem recente da MRB, cerca de 50% dos gregos afirmaram que votariam para promover soluções para questões internas.
"O governo pode dizer que a inflação está a baixar, mas as pessoas ouvem “baixar” e querem ver os preços a descer. Na realidade, não são os preços que descem, mas o ritmo a que sobem.", clarifica Dimitris Mavros, diretor-Geral da MRB Hellas.
"Em segundo lugar nestes critérios estão as questões nacionais. O terceiro critério é o rendimento pessoal. Poder-se-á dizer que isto está interligado com a questão dos preços elevados. E está, embora as pessoas estejam a dizer agora que não são apenas os preços que estão altos, mas também os seus rendimentos, que estagnaram”, acrescenta.
A questão que se coloca quando se trata de escolher os representantes para o Parlamento Europeu é se sabemos realmente em que votamos e quais são os verdadeiros interesses em jogo. De acordo com o diretor do gabinete do Parlamento Europeu na Grécia, tudo se resume a estar mais bem informado.
“Penso que quanto mais as pessoas estiverem expostas ao trabalho do Parlamento Europeu, mais os seus critérios mudam" realça Kostas Tsoutsoplides.
"Desde a questão de saber se a Europa vai ter a sua própria capacidade defensiva independente até à forma como o crescimento industrial da Europa será apoiado, como a resposta da Europa à crise climática será concretizada, como a democracia será aprofundada e, em geral, como a posição da Europa no mundo será reforçada”, complementa.
Economia, migração, assuntos externos, defesa e segurança comuns, justiça... todas estas são, como tudo indica, as questões, locais ou europeias, que levarão os gregos às urnas no dia 9 de junho.