Forças armadas israelitas apresentaram provas fotográficas de que um membro da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras morto no início da semana era militante da Jihad Islâmica.
As forças armadas israelitas divulgaram esta quinta-feira fotografias que, alegadamente, mostram um membro do "staff" da organização Médicos Sem Fronteiras a usar fardamento militar numa reunião de militantes em Gaza.
O exército diz que Fadi al-Wadiya, morto num ataque aéreo no início da semana, era um "importante agente" da Jihad Islâmica e estava envolvido no programa de mísseis balísticos.
Fadi al-Wadiya, 33 anos, era fisioterapeuta e foi morto quando se dirigia de bicicleta para o trabalho. Juntou-se aos Médicos sem Fronteiras em 2018.
Os Médicos Sem Fronteiras não fizeram qualquer comentário sobre as fotografias divulgadas. Anteriormente, tinham referido não ter qualquer indicação da militância de Fadi al-Wadiya.
O incidente ocorre depois de três ataques aéreos terem feito pelo menos 18 mortos e feridos, no início da semana, no campo de refugiados de Jabaliy, no norte de Gaza. O diretor do hospital local confirmou a existência de mulheres e crianças entre os mortos.
Em vários locais de Gaza, as altas temperaturas de verão fazem aumentar os riscos para a saúde nos campos de refugiados, uma vez que as infraestruturas de saneamento básico têm sido destruídas pela guerra.
Na quarta-feira, um grupo apoiado pelo Irão, conhecido como a Resistência Islâmica no Iraque, reivindicou um ataque contra a cidade portuária de Eilat, no sul de Israel. Os militantes são aliados dos rebeldes Houthi do Iémen, suspeitos de terem atacado, nos últimos dias, um navio no Golfo de Aden e outro no Mar Vermelho.
As rotas de transporte marítimo para a Ásia, Médio Oriente e Europa têm sofrido reduções drásticas. Os Houthis afirmam que esta campanha continuará enquanto durar a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.