Viajantes interessados poderão viajar entre a Bélgica, os Países Baixos e a Alemanha.
Chama-se projeto Electrifly e permite aos viajantes fazerem um curto voo internacional num avião elétrico: os interessados poderão viajar entre a Bélgica, os Países Baixos (Liège) e a Alemanha (Merzbrück) nos próximos dois meses - até 31 de agosto. A iniciativa é temporária, restrita a voos de muito curta distância e os bilhetes poderão ser reservados no site da suíça Electrifly.
Os voos em aviões elétricos são ainda raros: "Até agora, estes aviões têm sido utilizados principalmente para treino, descolagens e aterragens, sobretudo em Liège e Antuérpia", explica Wouter Dewulf, economista da aviação na Universidade de Antuérpia. "Estes aviões podem viajar durante cerca de 50 minutos e são fantásticos do ponto de vista económico e ecológico, em comparação com os atuais aviões de parafina", defende o especialista.
No entanto, estas aeronaves são limitadas no número de lugares e autonomia, principalmente devido ao elevado peso das baterias de iões de lítio necessárias para voos mais longos.
Dewulf afirma, porém, que tudo pode mudar "nos próximos dez a quinze anos". Em cima da mesa, está um projeto da Universidade Técnica de Delft, nos Países Baixos, que prevê a construção de um avião de 90 lugares capaz de voar 500 a 600 quilómetros dentro de uma década".
Prevê-se que, inicialmente, os voos elétricos, que custam cerca de 120 euros, sejam utilizados sobretudo por empresários. Liège, na Bélgica, ou Aachen na Alemanha, custa cerca de 120 euros. Além disso, apenas um passageiro, para além do piloto, pode entrar no avião e ainda não é possível transportar grandes quantidades de bagagem.