Se o correio clássico está em declínio, muitos sucumbem à febre dos postais ilustrados, pelo lado nostálgico que o objeto representa.
A Bpost, empresa belga de correios, assiste a um declínio constante do correio físico, como em todo o mundo, mas os postais ilustrados estão a conhecer um revivalismo este verão, talvez pelo lado nostálgico.
"É verdade que a minha geração pode pensar que usamos menos postais", diz um adepto deste objeto, "mas é um objeto físico que guardamos, por isso é também uma recordação para a pessoa que o recebe".
“Para mim, é muito importante captar este momento e partilhá-lo com a pessoa. É um vetor de emoções, uma recordação de memórias de infância”, diz outra fã do postal ilustrado.
Os postais podem ser antigos, mas a viagem que fazem até chegarem à sua caixa de correio depende muito dos computadores e da tecnologia de ponta.
As máquinas de triagem em Bruxelas são capazes de processar e embalar 25.000 a 30.000 objetos por hora.
Explica Mathieu Goedefroy, porta-voz da Bpost: “Na Bpost, não fazemos distinção nos números entre postais e correio normal, como as cartas. Mas todos os anos registamos um declínio entre 5 e 10%. No ano passado, a descida foi de 8,4%”. Mandam-se menos cartas, mas a magia do postal mantém-se viva para muitos, sobretudo nas férias.