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Vírus do Nilo Ocidental continua a alastrar e a levantar preocupações em Espanha

Nesta foto de arquivo de 26 de agosto de 2019, a bióloga do Distrito de Abatimento de Mosquitos de Salt Lake City, Nadja Reissen, examina um mosquito em Salt Lake City.
Nesta foto de arquivo de 26 de agosto de 2019, a bióloga do Distrito de Abatimento de Mosquitos de Salt Lake City, Nadja Reissen, examina um mosquito em Salt Lake City. Direitos de autor Rick Bowmer/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Rick Bowmer/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved.
De  Javi García and Euronews
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Habitantes do sul de Espanha estão cada vez mais preocupados à medida que o vírus do Nilo Ocidental continua a propagar-se.

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A Espanha é o terceiro país com maior impacto do vírus do Nilo Ocidental, com 71 casos confirmados e sete mortes, a última das quais há apenas uma semana, na localidade de Mairena del Aljarafe, em Sevilha.

É precisamente nesta província, no sul de Espanha, que se concentra a maioria dos casos do vírus em humanos. Em cidades como La Puebla del Río, as ruas ficam quase vazias ao anoitecer.

António Pineda é um dos moradores de Mairena del Aljarafe, perdeu a mãe este verão, vítima da infeção. "Teve uma forte dor de cabeça, vómitos, começou a delirar e a ter dificuldade em andar”, conta.

Sem problemas de saúde, foi levada para o hospital Virgen del Rocío em Sevilha e, poucos dias depois de dar entrada, morreu.

Em 80% dos casos, o vírus mal causa sintomas e passa como uma simples constipação. -No entanto, 1% dos infetados morre.

“Há um pequeno número de infeções graves em jovens sem patologias prévias e ainda não sabemos a razão pela qual em algumas pessoas a doença se apresenta quase sem sintomas, enquanto noutras leva a casos mais graves”, diz Jordi Figuerola, investigador do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Espanha.

Neste momento, a presença do vírus já foi registada em 16 países da Europa. Itália tem o maior número de casos, com 331 infetados e 13 mortes, mas a Grécia regista o balanço mais alto, até agora, de vítimas mortais, com 25 óbitos em 162 casos.

O primeiro caso foi detetado no Uganda em 1937 e, desde então, foram registados milhares de casos em todo o mundo.

A vacina pode ainda demorar anos a chegar

A presença de mosquitos, que até agora era um mero incómodo com a chegada do calor, tornou-se uma ameaça.

“Condicionou a nossa vida quotidiana, agora as casas estão sempre fechadas e com proteções nas janelas”, diz Juan José Sánchez Silva, porta-voz da plataforma "Lucha contra el virus del Nilo" criada nas redes sociais com o objetivo de dar voz aos cidadãos preocupados com a situação e para reenvidicar ajuda.

Nas últimas semanas, muitas foram as pessoas que saíram às ruas, em várias localidade da zona de Sevilha, para pedir que as medidas fossem levadas ao extremo com um protocolo de ação sanitária que permitisse identificar rapidamente o vírus nos doentes para atuar de forma mais eficaz.

Além disso, a partir da plataforma, os moradores pedem que seja promovido o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.

O biólogo Jorge Carrillo lidera o projeto LWNVIVAT ( Limitar o impacto do vírus do Nilo Ocidental através de novas vacinas e abordagens terapêuticas) nos laboratórios do IrsiCaixa, em Barcelona, diz que a vacina está a ser estudada e que é um projeto em que participam vários países europeus.

No ano passado, o projeto recebeu mais de cinco milhões de euros de financiamento da União Europeia.

Atualmente, a investigação encontra-se numa fase inicial e Carrillo prevê que os resultados demorem entre três a oito anos a chegar.

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