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Ataques israelitas no Líbano deixam rasto de morte

Ataques israelita nos Líbano deixam rasto de morte
Ataques israelita nos Líbano deixam rasto de morte Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
De  Euronews com AP
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Mais de 350 pessoas morreram e cerca de mil ficaram feridas de acordo números das autoridades libanesas. Milhares de pessoas começaram a deixar o sul do Líbano após os ataques israelitas. Israel diz que atingu 800 alvos do Hezbollah e está a “alargar” as suas ofensivas contra o grupo.

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Os ataques chegaram de surpresa, quase ao mesmo tempo que chegavam as mensagens e avisos de evacuação do exército israelita para civis que vivem no sul do Líbano.

A nova vaga de bombardeamentos israelitas que visavam atingir o Hezbollah deixou um resto de morte e destruição. Segundo o ministério da Saúde libanês, pelo menos 356 pessoas morreram, 24 das quais eram crianças e mais de mil pessoas ficaram feridas.

O ministério da Saúde do Líbano solicitou a todos os hospitais do sul e do leste do país que “suspendessem todas as intervenções cirúrgicas não essenciais, a fim de criar espaço para o tratamento dos feridos devido à expansão da agressão israelita”.

O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, disse numa conferência de imprensa em Beirute que os ataques atingiram hospitais, centros médicos e ambulâncias. O governo ordenou o encerramento de creches, escolas e universidades na maior parte do país.

Os ataques provocaram uma onda de deslocados, com milhares de pessoas a procurarem deixar as localidades do sul do país. Muitas escolas encerradas estão neste momento a ser transformadas em abrigos para receber as pessoas que, de um momento para o outro, ficaram, pelo menos de forma temporária, sem-abrigo.

Pessoas que fogem das aldeias do sul do país, no meio dos ataques aéreos israelitas, sentam-se no passeio em frente a uma escola em Sidon.
Pessoas que fogem das aldeias do sul do país, no meio dos ataques aéreos israelitas, sentam-se no passeio em frente a uma escola em Sidon. Mohammed Zaatari/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Os carros parados no trânsito enquanto as pessoas fogem das aldeias do sul, no meio dos contínuos ataques aéreos israelitas, em Sidon, Líbano.
Os carros parados no trânsito enquanto as pessoas fogem das aldeias do sul, no meio dos contínuos ataques aéreos israelitas, em Sidon, Líbano. Mohammed Zaatari/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, diz que a série de ataques lançados por Israel são um “genocídio em todos os sentidos da palavra”. 

Este é já considerado o ataque mais mortífero no país desde 2006.

"Estamos a alterar o equilíbrio de forças no Norte" diz Netanyahu

Após os ataques mortiferos no sul do Líbano, Benjamin Netanyahu disse que o trabalho das FDI visa "alterar o equilíbrio de forças no Norte", eliminando a ameaça do Hezbollah.

“Para aqueles que ainda não compreenderam, quero esclarecer a política de Israel”, afirmou Netanyahu numa declaração em vídeo. “Não ficamos à espera de uma ameaça, antecipamo-la. Em todo o lado, em todos os teatros, a qualquer momento”.

As declarações aconteceram a partir da sala de comando subterrânea do quartel-general militar de Kirya, em Telavive. O primeiro-ministro israelia disse que o país está a eliminar oficiais superiores, terroristas e esconderijos do grupo, prometendo que a ofensiva não ficará por aqui.

“Quem quer que seja que nos tente magoar, nós iremos magoá-lo ainda mais”, afirmou. “Prometi que iríamos alterar o equilíbrio de segurança, o equilíbrio de poder no Norte. É exatamente isso que estamos a fazer. Estamos a destruir milhares de mísseis e rockets apontados a cidades israelitas e a cidadãos israelitas.”

Num vídeo publicado mais tarde, o primeiro-ministro deixou uma mensagens aos libaneses, explicando que o Hezbollah os usa como "escudos humanos".

Forças israelitas atingem mais de 800 alvos

As forças armadas israelitas afirmaram ter atingido mais de 800 alvos na segunda-feira, ligados a instalações de armamento do Hezbollah. O exército israelita disse que estava a expandir a operação para incluir áreas do Vale de Bekaa, ao longo da fronteira oriental do Líbano com a Síria.

Hezbollah está presente há muito tempo no vale, onde o grupo foi fundado em 1982 com a ajuda dos Guardas Revolucionários do Irão.

O porta-voz militar israelita, o Contra-Almirante Daniel Hagari, repetiu os avisos que instam os residentes a evacuar imediatamente as áreas onde o Hezbollah armazena armas. Os avisos deixaram em aberto a possibilidade de alguns residentes viverem nas estruturas visadas ou perto delas sem saberem que estão em risco.

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Ainda durante a tarde, as forças israelitas atacaram também a cidade de Beirute.

O Hezbollah respondeu com ataques aéreos, afirmando em comunicado que tinha disparado dezenas de rockets contra Israel, incluindo contra bases militares. Também atacou, pelo segundo dia, as instalações da empresa de defesa Rafael, com sede em Haifa.

A vaga de ataques aéreos ocorreu um dia depois de o Hezbollah ter disparado mais de 100 rockets contra o norte de Israel, tendo alguns deles aterrado perto da cidade de Haifa.

Nações Unidas preocupadas com civis no Líbano

A força de manutenção da paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil) emitiu um comunicado na tarde de segunda-feira, manifestando “grande preocupação com a segurança dos civis no sul do Líbano, no meio da mais intensa campanha de bombardeamento israelita desde outubro passado, e apelando à necessidade de uma redução da escalada tanto do Hezbollah como de Israel”.

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