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Tempestade em Espanha causa perto de uma centena de mortos e dezenas de desaparecidos

Carros são arrastados pela água, depois de inundações precedidas de fortes chuvas terem feito transbordar o rio na cidade de Alora, em Málaga, Espanha,
Carros são arrastados pela água, depois de inundações precedidas de fortes chuvas terem feito transbordar o rio na cidade de Alora, em Málaga, Espanha, Direitos de autor  Gregorio Marrero/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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1.200 pessoas estão presas nas estradas, sendo que n aprovíncia de Valência há cinco mil veículos bloqueados. Pelo menos 120 mil pessoas estão sem comunicações na Comunidade Valenciana.

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A tempestade que invadiu o sul e leste de Espanha na terça-feira já fez pelo menos 95 mortos e o número pode continuar a aumentar, tendo em conta que há dezenas de desaparecidos.

A situação mais dramática é vivida na província de Valência, onde há registo de 92 vítimas mortais. Os outros três óbitos aconteceram nas províncias de Málaga, Cuenca e Albacete.

No município de Chiva, foram registados 445,4 litros por metro quadrado, o que representa o valor mais elevado acumulado em 24 horas na Comunidade Valenciana desde 1996. Além das chuvas torrenciais, caiu também granizo que afetou várias culturas.

1.200 pessoas estão presas nas estradas, sendo que na província de Valência há cinco mil veículos bloqueados. Pelo menos 120 mil pessoas estão sem comunicações na Comunidade Valenciana.

O tráfego ferroviário de alta velocidade entre Madrid e Valência está cortado e poderá ficar indisponível durante quatro dias, informou o ministro espanhol dos Transportes. O mesmo acontece com a circulação rodoviária entre Valência e Barcelona, devendo permanecer assim pelo menos durante todo o dia de hoje.

A DANA (Depressão Isolada de Altos Níveis), que está a afetar Espanha desde o início do dia de terça-feira, deixou um rasto de destruição em várias localidades.

A situação foi mais grave em várias zonas de Castilla-La Mancha e sobretudo da Comunidade Valenciana. Inúmeros residentes ficaram presos pelas cheias repentinas, inclusivamente quando circulavam em automóveis.

Tanto o Rei de Espanha, Felipe VI, como o presidente do governo Pedro Sánchez já reagiram à tragédia.

O monarca enviou condolências às famílias afetadas e referiu-se à “enorme destruição” de infraestruturas e bens materiais em consequência da catástrofe que está a afetar várias comunidades: “Há ainda dificuldades de acesso a algumas localidades, pelo que não dispomos de informações completas sobre a extensão e as possíveis vítimas. Tranquiliza-me saber que todos os meios disponíveis estão à disposição das autoridades e dos serviços de emergência. Estão todos a trabalhar e o importante é deixá-los trabalhar, de forma coordenada, e que não tenham limitações de recursos”, disse Felipe VI na Gran Canaria, onde está a participar num exercício de defesa aérea.

Quanto ao chefe do governo, dirigiu-se às famílias enlutadas dizendo que "Espanha inteira chora convosco" e colocou à disposição dos serviços de socorro todos os meios do Estado.

"Colocamos à vossa disposição todos os meios do Estado e, se necessário, da União Europeia, para que possam reconstruir as vossas vidas e os vossos lares, disse Pedro Sánchez na mensagem colocada nas redes sociais.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também colocou à disposição dos serviços espanhóis de socorro os meios da União Europeia. Além de ter ativado o sistema de satélites Copernicus para ajudar na coordenação das equipas de salvamento, ofereceu-se também para ativar o mecanismo de proteção civil da União Europeia.

A Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET) ativou o alerta vermelho para chuvas na Comunidade Valenciana, onde uma ponte ruiu depois de um rio em Picaña ter transbordado.

Vários municípios da província de Valência suspenderam as aulas para esta quarta-feira.

Além do cancelamento das aulas, a Câmara Municipal de Valência anunciou a suspensão de todas as atividades desportivas ao ar livre e nas instalações municipais, mantendo-se encerrados os parques, jardins e cemitérios.

O presidente da Comunidade Valenciana, Carlos Mazón, apelou à “prudência” dos valencianos. “Vamos ter uma longa noite”, avisou na noite de terça-feira nas redes sociais, confirmando depois que as equipas de salvamento tinham encontrado corpos sem vida.

O governo espanhol constituiu um comité de crise para seguir as consequências do temporal, com o objetivo de "coordenar os trabalhos de resposta e assistência".

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou pesar pelo elevado número de vítimas da tempestade e disponibilizou-se para prestar "toda a ajuda necessária" a Espanha.

Barcelona em alerta máximo

A tempestade dirige-se agora para a Catalunha e as autoridades já colocaram a cidade de Barcelona e toda a área circundante em alerta máximo. A autoridade meteorológica catalã alerta para o perigo de queda de granizo com um diâmetro superior a dois centímetros e rajadas de vento superiores a 90 km/h. Diz que existe o perigo de formação de tornados ou mangas de água. A população de toda a Catalunha foi avisada para não se aproximar de cursos de água e evitar as zonas baixas.

Aguaceiros fortes vão continuar

"Em municípios como Turís e Utiel (Valência) cerca de 200 l/m² até agora neste dia, mas há numerosas localidades que registaram mais de 100 l/m² hoje no sul e leste da península", disse a AEMET na rede social X.

A agência estatal também emitiu um aviso especial para todo o território continental espanhol, pedindo cautela aos cidadãos: "Esta terça-feira é o dia mais adverso, mas os aguaceiros muito fortes continuarão durante os dias seguintes", diz.

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