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Ataque rebelde a Alepo, controlada por Assad, reacende a guerra na Síria após cinco anos de tréguas

Combatentes da oposição síria descem de um camião ao entrarem na aldeia de Anjara, nos arredores ocidentais de Alepo, na Síria, na quinta-feira, 28 de novembro de 2024, no âmbito da sua grande ofensiva contra a
Combatentes da oposição síria descem de um camião ao entrarem na aldeia de Anjara, nos arredores ocidentais de Alepo, na Síria, na quinta-feira, 28 de novembro de 2024, no âmbito da sua grande ofensiva contra a Direitos de autor  Omar Albam/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Omar Albam/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Sergio Cantone
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Enquanto as armas foram temporariamente depostas no sul do Líbano, as forças do Governo de Salvação da Síria, apoiadas pela Turquia, atacaram a cidade histórica detida pelo exército de al-Assad, reacendendo a guerra no país do Médio Oriente.

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Na sexta-feira, os combates foram intensos no bairro ocidental de Aleppo, onde o exército nacional perdeu o centro do bairro-chave de Nova Aleppo, que o Hezbollah e as milícias iranianas abandonaram.

A ofensiva das forças rebeldes do Governo de Salvação da Síria (SSG) também tomou o controlo das zonas urbanas de Khalsa, Al-Rashidin e Khan Tuman, onde, segundo o site de monitorização Liveuamap, o exército sob o comando do Presidente Bashar al-Assad abandonou quatro velhos tanques T55 de fabrico soviético.

As forças aéreas russas e sírias reagiram na manhã desta sexta-feira e bombardearam a província de Idlib, a capital de facto do SSG.

Um ataque surpresa em Alepo, na quinta-feira, pelas forças do SSG, violou um cessar-fogo que durava há cinco anos, relançando a guerra síria poucas horas depois de ter entrado em vigor um cessar-fogo no Líbano, quando Israel e o Hezbollah concordaram em depor as armas na quarta-feira.

Segundo o Liveuamap, os combates estão também a decorrer na zona desmilitarizada do Norte da Síria, na fronteira com a Turquia.

As forças anti-al-Assad apoiadas pela Turquia conseguiram tomar o controlo de uma parte da M5, o principal nó rodoviário entre Alepo e a capital Damasco, de acordo com fontes oficiais.

Quem são as forças no terreno?

As forças sírias, russas e iranianas temem que a nova ofensiva possa levar os rebeldes a conseguir o controlo total da cidade de Alepo, o que seria um rude golpe para Moscovo e Teerão, que ainda se ressentem das recentes perdas sofridas pelo seu aliado Hezbollah no sul do Líbano.

O importante comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Kioumar Pourashemi, terá sido morto nas primeiras horas dos confrontos em Alepo, enquanto os ataques aéreos russos são particularmente ferozes na zona urbana de Khan Al-Asal, onde se encontra uma importante base de combustível do exército sírio.

De acordo com fontes iranianas, o governo de al-Assad enviou a 25ª divisão das Forças Especiais, treinada pela Rússia, anteriormente conhecida como Forças Tigre, para a cidade histórica e capital do governo mais populoso da Síria.

O SSG é apoiado pelo grupo islâmico Tahrir al-Sham, acusado de crenças extremistas e ligado à Jabhat al-Nusra, a franquia síria da al-Qaeda que esteve operacional até 2019.

Outras unidades militares destacadas pelas forças presidenciais incluem a Brigada Palestiniana de Jerusalém e a 4ª Divisão Síria, armadas com modernos tanques russos T-90 e versões actualizadas do T-72.

De acordo com informações não confirmadas, 200 soldados perderam a vida. As forças de Idlib afirmaram que as baixas incluíam membros russos de uma unidade de drones.

A Síria alberga dois postos militares estratégicos para Moscovo: o porto da Marinha russa no Mediterrâneo Oriental, em Tartus, e um aeroporto de aviões de guerra em Khmeimim.

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