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Delegação bipartidária de senadores dos EUA visita Taiwan para dar apoio à ilha

Bandeira nacional de Taiwan hasteada junto ao edifício Taipei 101 em Taipei, 28 de fevereiro de 2025
Bandeira nacional de Taiwan hasteada junto ao edifício Taipei 101 em Taipei, 28 de fevereiro de 2025 Direitos de autor  AP Photo/Chiang Ying-ying
Direitos de autor AP Photo/Chiang Ying-ying
De Oman Al Yahyai com AP
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Apesar das tarifas de 32% impostas por Trump e das críticas no passado, Taiwan prometeu aumentar as despesas com a defesa e reforçar os laços económicos com Washington.

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Um grupo bipartidário de legisladores norte-americanos está em Taiwan com o objetivo de assegurar a Taipé que o apoio dos Estados Unidos à segurança da ilha se mantém firme, apesar das fortes críticas e das pesadas tarifas comerciais impostas recentemente pelo presidente Donald Trump.

A visita desta delegação, composta pelos senadores republicanos Pete Ricketts e Ted Budd e pelo senador democrata Chris Coons, é a primeira a Taiwan durante a administração Trump.

No início deste mês, Trump impôs uma tarifa surpresa de 32% sobre as importações de Taiwan, parte de uma campanha comercial abrangente que afeta vários aliados dos EUA.

"Olhe além da retórica e olhe para a ação", disse Ricketts aos repórteres, ecoando uma mensagem comum entre os republicanos ao abordar as preocupações com o tom do presidente em relação a Taiwan.

Apesar das tarifas e das acusações anteriores de Trump de que Taiwan havia "roubado" a indústria de semicondutores dos EUA, os líderes taiwaneses adotaram um tom otimista durante as reuniões, dizendo que estavam a trabalhar ativamente para fortalecer os laços comerciais e de segurança com Washington.

Senadores Pete Ricketts (republicano) e Chris Coons (democrata) em Taiwan
Senadores Pete Ricketts (republicano) e Chris Coons (democrata) em Taiwan AP Photo

O senador Coons descreveu as discussões como "viradas para o futuro" e disse estar confiante num "próximo capítulo forte nas relações EUA-Taiwan".

Acrescentou que Taiwan estava a agir com rapidez às preocupações levantadas pela administração Trump, incluindo esforços para finalizar acordos comerciais e de investimento.

Isto depois do investimento de 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões deeuros) feito por um gigante dos semicondutores, este ano, para o fabrico de chips nos EUA.

Taiwan comprometeu-se a aumentar as despesas com a defesa para 3% do PIB - contra os actuais 2,5% - e está a investir numa estratégia militar mais móvel e autossuficiente.

Com base nas lições aprendidas com a resistência da Ucrânia à Rússia, Taipé está a concentrar-se no reforço da produção interna de armas, incluindo submarinos, armas ligeiras e sistemas de defesa aérea, ao mesmo tempo que expande a cooperação com os EUA em tecnologias emergentes como os drones de guerra.

O Presidente Lai Ching-te, o ministro da Defesa Wellington Koo e o conselheiro de segurança nacional Joseph Wu deverão reunir-se com a delegação dos EUA esta sexta-feira.

As autoridades chinesas já contactaram o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, para acelerar as negociações antes do encerramento da janela de suspensão de 90 dias, antes de as tarifas de Trump entrarem em vigor.

A visita acontece numa altura em que a China mantém a sua reivindicação sobre Taiwan, uma democracia autónoma que Pequim considera uma província separatista. As crescentes tensões comerciais e a postura militar renovaram os receios na região de uma potencial escalada chinesa.

"É claro que existe a possibilidade de Xi Jinping decidir que este é o momento certo para o Partido Comunista Chinês tomar medidas agressivas", alertou o senador Coons. "Penso que é exatamente a coisa errada a fazer. Acho que eles encontrariam uma resposta forte e unida", acrescentou.

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