Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Coreia do Sul suspende mensagens em altifalantes na fronteira para "restaurar a confiança"

ARQUIVO: Soldados sul-coreanos desmantelam altifalantes instalados para emissões de propaganda perto da zona desmilitarizada que separa as Coreias em Paju, Coreia do Sul, 1 de maio de 2018
ARQUIVO: Soldados sul-coreanos desmantelam altifalantes instalados para emissões de propaganda perto da zona desmilitarizada que separa as Coreias em Paju, Coreia do Sul, 1 de maio de 2018 Direitos de autor  Kim Hong-ji/AP
Direitos de autor Kim Hong-ji/AP
De Kieran Guilbert
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

A medida é o primeiro passo concreto para aliviar as tensões entre os rivais, tomada pelo novo presidente sul-coreano Lee Jae-myung.

PUBLICIDADE

O exército sul-coreano declarou na quarta-feira que deixou de difundir propaganda anti-Coreia do Norte através de altifalantes ao longo da fronteira. É a tentativa do novo governo liberal de aliviar as tensões e "restaurar a confiança" entre os rivais.

Foi o cumprimento de uma promessa de campanha do novo presidente liberal da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, que tomou posse na semana passada, depois de ter vencido as eleições antecipadas para substituir o conservador Yoon Suk Yeol.

Lee prometeu melhorar as relações com Pyongyang, que reagiu furiosamente às políticas de linha dura de Yoon e, consequentemente, evitou o diálogo com Seul.

O ministério da Defesa da Coreia do Sul declarou que a suspensão das emissões fazia parte dos esforços para "restabelecer a confiança nas relações intercoreanas e promover a paz na Península da Coreia".

A Coreia do Norte, que é extremamente sensível a qualquer crítica externa à sua liderança autoritária e ao seu presidente, Kim Jong-un, não comentou a decisão de Seul.

As emissões tinham sido interrompidas durante seis anos, mas foram retomadas em junho do ano passado como retaliação pelo facto de a Coreia do Norte ter lançado balões cheios de lixo sobre a fronteira.

Entre maio e novembro do ano passado, a Coreia do Norte fez voar cerca de 7000 balões em direção à Coreia do Sul em 32 eventos distintos, lançando substâncias como papel velho, restos de tecido, pontas de cigarro e até estrume, segundo Seul.

Pyongyang afirmou que a sua campanha de balões surgiu depois de ativistas sul-coreanos terem enviado balões cheios de panfletos anti-Coreia do Norte, bem como pen drives com canções e dramas populares no Sul.

Guerra psicológica

As campanhas de guerra psicológica ao estilo da Guerra Fria vieram juntar-se às tensões alimentadas pelas crescentes ambições nucleares da Coreia do Norte e pelos esforços da Coreia do Sul para alargar os exercícios militares conjuntos com os EUA e reforçar a cooperação tripartida em matéria de segurança com o Japão.

Durante a recente campanha eleitoral sul-coreana, Lee prometeu pôr termo às emissões, argumentando que estas criavam tensões desnecessárias e desconforto para os residentes das cidades fronteiriças do Sul.

Esses residentes queixaram-se das transmissões de retaliação da Coreia do Norte, que incluíam uivos de animais, batidas de gongos e outros sons irritantes.

Num briefing na segunda-feira, o ministério da Unificação da Coreia do Sul apelou também aos ativistas civis do país para que deixassem de lançar panfletos de propaganda anti-Norte através da fronteira.

Tais atividades "poderiam aumentar as tensões na Península Coreana e ameaçar a vida e a segurança dos residentes nas zonas fronteiriças", afirmou um porta-voz do ministério.

Apesar da promessa de Lee de reabrir os canais de comunicação com Pyongyang, a probabilidade de um rápido reatamento do diálogo entre os rivais continua a ser reduzida.

A Coreia do Norte tem rejeitado consistentemente tais ofertas do Sul e dos EUA desde 2019, quando as negociações nucleares entre Washington e Pyongyang entraram em colapso devido a disputas relacionadas com sanções.

A prioridade da política externa de Pyongyang é agora a Rússia, que recebeu milhares de tropas norte-coreanas e grandes quantidades de equipamento militar nos últimos meses para a sua guerra com a Ucrânia.

Outras fontes • AP

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Liberal Lee Jae-myung vence presidenciais da Coreia do Sul e coloca fim a meses de turbulência política

Eleições na Coreia do Sul: o liberal Lee Jae Myung vence de acordo com as previsões

Tribunal Constitucional da Coreia do Sul destitui presidente Yoon Suk-yeol