Irão iniciou os seus ataques de retaliação, lançando dezenas de mísseis contra Israel. Mais de 20 pessoas ficaram feridas. Líder supremo do Irão diz que Israel iniciou uma guerra que não será permitido fazer ataques sem consequências graves.
As sirenes dos ataques aéreos soaram em todo o território israelita quando mísseis iranianos atingiram o país em retaliação pelos mortíferos ataques israelitas a instalações nucleares e a líderes militares.
O exército israelita informou que está a intercetar mísseis lançados com os militares avisaram a população para procurar abrigos, enquanto as sirenes vão soando pelo país.
Até agora, e de acordo com as estimativas das forças israelitas, o Irão disparou cerca de 100 mísseis balísticos contra Israel em dois ataques.
Sabe-se que as forças armadas dos EUA estão a ajudar a intercetar os mísseis que o Irão lançou, segundo informou uma fonte militar à agência Reuters.
As autoridades isrealitas confirmaram várias explosões que afetaram diferentes locais da área metropolitana Telavive. Foram registados alguns danos em edifícios na capital israelita.
Um total de 40 pessoas estão a ser tratadas em hospitais israelitas após os recentes ataques - duas estão em estado crítico.
As forças iranianas confirmaram os ataques, com o Guardas Revolucionárias do Irão a revelar que o país levou “a cabo a sua resposta esmagadora e precisa contra dezenas de alvos, centros militares e bases aéreas” em Israel.
Líder Supremo do Irão diz que Israel "não sairá ileso das consequências do seu crime"
Em reação aos ataques israelitas realizados contra instalações nucleares, o líder Supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, afirmou, em comunicado esta sexta-feira, que Israel iniciou uma guerra e que não será permitido realizar ataques "de toca e foge" sem consequências graves.
Na mesma comunicação, o líder iraniano prometeu “infligir golpes pesados” em retaliação aos ataques noturnos de Israel, afirmando ainda que Israel "não sairá ileso das consequências do seu crime".
"A nação iraniana deve ter a garantia de que a nossa resposta não será mediana", disse Khamenei em comunicado.
Netayahu pede aos iranianos para "se erguerem contra o regime"
Na mais recente declração ao país, o primeiro-ministro israelita afirmou que os objetivos dos ataques israelitas passam por “frustrar a ameaça nuclear e de mísseis balísticos que o regime islâmico representa para nós”, reafirmando que a luta de Israel não é contra o povo iraniano, mas contra a liderança do Irão.
Netanyahu enumerou ainda os alvos iranianos que foram atingidos por Israel, incluindo instalações militares e nucleares, e acrescentou: "Mais estão a caminho. O regime não sabe o que o atingiu, nem o que o vai atingir. Nunca esteve tão fraco".
“Esta é a vossa oportunidade de se erguerem e fazerem ouvir as vossas vozes”, disse ao povo iraniano.
Forças israelitas atacam novamente no Irão, desta vez na central de Isfahan
Após o ataque à instalação nuclear de Natanz, as forças israelitas confirmaram uma nova ofensiva, desta vez na central iraniana de Isfahan.
As instalações de Isfahan, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Teerão, empregam milhares de cientistas nucleares. É também a sede de três reatores de investigação chineses e de laboratórios associados ao programa atómico do país.
As autoridades iranianas afirmam que as instalações nucleares de Fordo e Isfahan foram atingidas por ataques israelitas, de acordo com o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Grossi.
O chefe da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), informou que existe contaminação radiológica e química no interior das instalações, mas é controlável.
Na madrugada desta sexta-feira, Israel lançou ataques contra o Irão que visaram o seu programa nuclear e instalações militares, matando vários oficiais superiores e aumentando a perspetiva de uma guerra total entre os dois amargos adversários do Médio Oriente. Este parece ter sido o ataque mais significativo que o Irão enfrentou desde a guerra dos anos 80 com o Iraque.