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O que esperar da Cimeira do G7 no Canadá, na qual Trump e Zelenskyy vão participar

Uma bandeira do Canadá, à esquerda, e uma bandeira de Alberta tremulam ao sabor da brisa, com a montanha Wedge ao fundo, no local da reunião dos líderes do G7 em Kananaskis, Alberta, a 2 de junho de 2025.
Uma bandeira do Canadá, à esquerda, e uma bandeira de Alberta tremulam ao sabor da brisa, com a montanha Wedge ao fundo, no local da reunião dos líderes do G7 em Kananaskis, Alberta, a 2 de junho de 2025. Direitos de autor  Jeff McIntosh/The Canadian Press via AP
Direitos de autor Jeff McIntosh/The Canadian Press via AP
De Emma De Ruiter com AP
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O ataque de Israel ao Irão veio acrescentar um novo elemento ao panorama mundial, numa altura em que os líderes do G7 se reúnem em Kananaskis para uma cimeira que começa na segunda-feira.

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Os líderes mundiais chegam ao Canadá este domingo para uma cimeira do Grupo dos Sete na cidade turística de Kananaskis, em Alberta, nas Montanhas Rochosas canadianas.

O Grupo dos Sete inclui o Canadá, os Estados Unidos, a França, a Itália, o Japão, a Alemanha e a Grã-Bretanha. A União Europeia também está presente, bem como outros chefes de Estado que não fazem parte do G7 mas que foram convidados pelo primeiro-ministro canadiano Mark Carney.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy estará presente e espera-se que se reúna com o seu homólogo americano Donald Trump, um reencontro que terá lugar apenas alguns meses após o polémico encontro de ambos na Sala Oval.

Outros líderes mundiais reunir-se-ão com Trump, tanto em grupo como em conversações bilaterais, muitas vezes difíceis dado o caráter imprevisível do presidente norte-americano.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, estará presente e disse que espera ter o seu primeiro encontro pessoal com Trump.

Entre os outros recém-chegados estão o chanceler alemão Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chefe do governo japonês Shigeru Ishiba.

Uma nova era nas relações com os EUA

Antes da cimeira do G7, já há sinais de uma subtil oposição a Trump por parte dos outros líderes do grupo. O presidente francês, Emanuel Macron, planeou visitar a Gronelândia no fim de semana, numa demonstração de solidariedade europeia.

Carney disse que os EUA já não são a força "predominante" no mundo depois de as tarifas de Trump terem criado fissuras numa parceria de décadas entre os EUA e o seu vizinho do norte.

"Estivemos lado a lado com os americanos durante a Guerra Fria e nas décadas seguintes, quando os Estados Unidos desempenharam um papel predominante na cena mundial", disse Carney na semana passada em francês. "Hoje, essa predominância é coisa do passado".

O novo primeiro-ministro acrescentou que, com a queda do Muro de Berlim em 1989, os EUA tornaram-se hegemónicos a nível global, uma posição de autoridade agora minada pela natureza de Trump, que coloca pouca ênfase na defesa dos valores democráticos ou do Estado de direito: "Agora os Estados Unidos começam a monetizar a sua hegemonia: cobrando pelo acesso aos seus mercados e reduzindo as contribuições relativas à nossa segurança colectiva", disse Carney.

Os ataques de Israel ao Irão vieram complicar este cenário global e irão provavelmente dominar as discussões durante a cimeira. Outros tópicos incluirão provavelmente as tarifas impostas por Trump e a guerra na Ucrânia.

A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni tem-se posicionado como "ponte" entre a administração Trump e o resto da Europa. Mas o forte apoio de Itália à Ucrânia e as ameaças de tarifas de Trump sobre os produtos europeus colocaram Meloni, único líder europeu a assistir à tomada de posse de Trump, numa posição difícil.

Mesmo que os outros líderes do G7 evitem quaisquer disputas públicas com Trump, a visão do presidente dos EUA para o mundo continua a ser largamente incompatível com o que eles querem.

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