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“Talvez sim, talvez não”: Trump não confirma possibilidade de EUA atacarem Irão

“Talvez sim, talvez não”: Trump não confirma possibilidade de EUA atacarem Irão
“Talvez sim, talvez não”: Trump não confirma possibilidade de EUA atacarem Irão Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved.
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De Euronews com AP
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O presidente dos EUA recusou-se a esclarecer se o país pretende aliar-se a Israel nos ataques diretos ao Irão. “Ninguém sabe o que quero fazer”, afirmou Donald Trump que apelou à "rendição incondicional" iraniana.

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Donald Trump recusou confirmar esta quarta-feira se decidiu ordenar um ataque dos Estados Unidos ao Irão.

“Posso fazê-lo, posso não o fazer”, disse Trump, numa troca de palavras com os jornalistas na Casa Branca. “Quero dizer, ninguém sabe o que vou fazer”.

Trump acrescentou que não é “tarde demais” para o Irão desistir do seu programa nuclear, enquanto continua a ponderar o envolvimento direto dos EUA nas operações militares de Israel destinadas a esmagar o programa nuclear de Teerão.

“Nada é tarde demais”, disse Trump. "Posso dizer-vos isto. O Irão tem muitos problemas".

“Nada está terminado até que esteja terminado”, acrescentou Trump. Mas “a próxima semana vai ser muito importante - talvez menos de uma semana”.

O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse aos senadores, na quarta-feira, que o Pentágono está a dar opções ao presidente Donald Trump para decidir os próximos passos em relação ao Irão, mas não quis dizer se os militares estavam a planear ajudar com ataques israelitas, uma ação que poderia arriscar arrastar os Estados Unidos para uma guerra mais vasta no Médio Oriente.

À medida que avança o conflito, aumentam o tom das ameaças e os receios de que os Estados Unidos se possam aliar a Israel nos ataques diretos ao Irão. Se tal acontecer, Teerão deixou o aviso de que um ataque norte-americano seria recebido com uma dura retaliação.

Khamenei rejeita "rendição incondicional" do Irão

Na sequência dos consecutivos ataques israelias e avisos, vindos até do presidente norte-americano, que instou os iranianos a deixarem Teerão, o medo apoderou-se da capital iraniana, com as ruas vazias, as empresas fechadas e as comunicações irregulares. Milhares de pessoas fugiram.

O líder supremo do Irão rejeitou na quarta-feira os apelos dos EUA à rendição e avisou que qualquer envolvimento militar dos americanos causaria “danos irreparáveis” ao país.

"A nação iraniana opor-se-á firmemente à guerra que lhe é imposta, como tem feito até agora. Também se oporá firmemente à paz imposta. A nação iraniana não se renderá a ninguém que pretenda impor-lhe o que quer que seja", afirmou o Ayatollah Ali Khamenei que reforçou que, caso Washington se envolva militarmente, os danos para os EUA "seriam irreparáveis".

O líder supremo iraniano reforçou ainda que os ataques iranianos "enfraqueceram" Israel e que a entrada em cena dos EUA revelou a "fraqueza e incapacidade" do país.

"O castigo que a nação iraniana e as suas forças armadas infligiram, estão a infligir e tencionam infligir a este inimigo perverso é um castigo severo que enfraqueceu o inimigo. O facto de os seus amigos americanos entrarem em cena e começarem a falar, mostra a sua fraqueza e incapacidade [de Israel]."

Na resposta às ameaças iranianas, Donald Trump respondeu apenas: "Boa sorte".

Inicialmente, Donald Trump distanciou-se do ataque surpresa de Israel na sexta-feira que desencadeou o conflito, mas nos últimos dias deu a entender um maior envolvimento americano, dizendo que quer algo “muito maior” do que um cessar-fogo.

O presidente dos EUA chegou mesmo a dizer que conhece a localização do líder supremo iraniano, descartando, pelo menos "por enquanto", um cenário de morte para Khamenei.

Além das declarações pontuais sobre o tema do seu presidente, os EUA também enviaram mais aviões militares e navios de guerra para a região.

Os últimos ataques israelitas atingiram uma instalação utilizada para fabricar centrifugadoras de urânio e outra que fabricava componentes para mísseis, disseram os militares israelitas.

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