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Relatório: destruição de zonas húmidas ameaça custar ao mundo mais de 39 biliões de dólares até 2050

Água numa zona húmida restaurada numa reserva da Cornualha
Água numa zona húmida restaurada numa reserva da Cornualha Direitos de autor  Maryel Pryce/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De يورو نيوز
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A continuação da degradação e da perda de zonas húmidas em todo o mundo poderá custar à economia global 39 biliões de dólares até 2050, segundo um relatório publicado na terça-feira pela Convenção sobre as Zonas Húmidas, à medida que a degradação deste ecossistema vital se acelera.

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Desde 1970, desapareceram quase 22% das zonas húmidas, incluindo sistemas de água doce, como rios, lagos e turfeiras, e sistemas costeiros, como mangais e recifes de coral, o que representa a taxa de degradação mais rápida de qualquer ecossistema, de acordo com o relatório intergovernamental.

Segundo o mesmo relatório, as crescentes pressões, como as alterações no uso do solo, a expansão agrícola, a poluição e as espécies invasoras, juntamente com os impactos das alterações climáticas, desde a subida do nível do mar até às secas, estão a contribuir para a degradação das zonas húmidas a um ritmo alarmante.

"A escala da perda e da degradação atingiu um nível que já não pode ser ignorado", afirmou Hugh Robertson, o principal autor do relatório, apelando a investimentos anuais entre 275 e 550 mil milhões de dólares para travar a degradação e recuperar as zonas afetadas. Robertson descreveu o financiamento atual como "muito inferior ao nível necessário", sem especificar números exatos.

O mundo perdeu mais de 411 milhões de hectares de zonas húmidas, o equivalente a cerca de 500 milhões de campos de futebol, e um quarto das restantes zonas húmidas está atualmente classificado como "ambientalmente degradado".

As zonas húmidas são ecossistemas economicamente valiosos, que prestam serviços vitais, incluindo a regulação das inundações, a purificação da água e o armazenamento de carbono, bem como o apoio à pesca e à agricultura e a obtenção de benefícios culturais para as comunidades.

O relatório surge antes da Conferência das Partes da Convenção sobre Zonas Húmidas, que se realiza na próxima semana em Victoria Falls, no Zimbabué. Lançada em 1971, a Convenção é um tratado ambiental global com 172 países, incluindo a China, a Rússia e os Estados Unidos, que se reúne de três em três anos, embora a participação de todos os países na próxima reunião seja ainda incerta.

O relatório refere que regiões como a África, a América Latina e as Caraíbas registam as taxas de degradação mais elevadas, enquanto na Europa e na América do Norte os riscos estão também a aumentar. Alguns países, incluindo a Zâmbia, o Camboja e a China, começaram a implementar projectos de reabilitação das zonas húmidas, numa tentativa de conter a escalada da crise ambiental.

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